Grupo BEI financiou mais de 900 projetos em 2023, quase metade 'verdes'
O Grupo Banco Europeu de Investimento (BEI) concedeu, em 2023, 88 mil milhões de euros em financiamento a mais de 900 projetos, com as verbas alocadas a investimentos 'verdes' a atingirem um "valor recorde" de 49 mil milhões.
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Economia InvestEU
Os dados foram hoje divulgados em Bruxelas pela nova presidente deste banco da União Europeia (UE), Nadia Calviño, que afirmou que o grupo BEI (que inclui o banco e o fundo com o mesmo nome) realizou no ano passado "acordos de financiamento de 88 mil milhões de euros para apoiar as prioridades comuns, investindo em infraestruturas físicas sustentáveis, investigação, inovação e digitalização, pequenas e médias empresas que estão no centro da economia, e também em infraestruturas sociais como a saúde e a educação", apoiando mais de 900 projetos.
"Prevê-se que, em 2023, o financiamento do grupo BEI mobilize cerca de 320 mil milhões de euros em investimentos que atingirão 400 mil empresas e apoiarão a criação de 5,4 milhões de postos de trabalho e estes são números e resultados impressionantes", observou Nadia Calviño, falando num evento de alto nível na capital belga, sobre o investimento na UE e centrado no programa InvestEU (que assenta em garantias orçamentais do banco).
Segundo a responsável, "mais de metade do financiamento mobilizado no ano passado, um valor recorde de 49 mil milhões de euros, foi utilizado para a ação climática e a sustentabilidade ambiental", o que compara com 38 mil milhões em 2022.
"Posso afirmar com segurança, olhando para os resultados do ano passado, que o BEI consolidou a sua marca como o banco do clima, tanto dentro como fora da UE", concluiu.
Dados da instituição revelam que, desde 2021, o grupo mobilizou 349 mil milhões de euros em investimentos ecológicos, estimando alcançar o objetivo de consagrar um bilião de euros ao financiamento 'verde' até ao final da década.
Ainda em 2023, os investimentos do banco incluíram mais de 21 mil milhões de euros no âmbito do plano REPowerEU, programa criado para reduzir a dependência da Europa em relação aos combustíveis fósseis e acelerar a transição ecológica.
Do 'bolo' total, contam-se ainda 8,4 mil milhões de euros para projetos em países menos desenvolvidos e vulneráveis do mundo, 27 mil milhões de euros em investimentos ao abrigo da estratégia Global Gateway da UE e ainda dois mil milhões de euros de assistência financeira à Ucrânia desde a invasão russa.
Nadia Calviño é presidente do BEI desde janeiro de 2024, após uma disputada 'corrida' à liderança da instituição.
Este que é hoje considerado um dos lugares de topo nas instituições da UE atraiu, desta vez, o interesse de vários altos funcionários europeus, depois de ter sido liderado durante 12 anos pelo único candidato, o alemão Werner Hoyer, que cumpriu dois mandatos de seis anos e que saiu no final de 2023.
Este interesse renovado na liderança do BEI reflete uma nova página desta que é a maior instituição financeira multilateral do mundo em termos de ativos e que será crucial para apoiar a UE nas suas metas 'verdes' e digitais.
Detido pelos Estados-membros e sediado no Luxemburgo, o BEI é a instituição financeira do bloco comunitário, que suporta financeiramente projetos dentro e fora da UE alinhados com as prioridades europeias, como o crescimento e melhoria do emprego, o combate às alterações climáticas e a transição digital.
Cabe ao presidente do BEI liderar decisões como a contração de empréstimos e a concessão de financiamentos, nomeadamente de empréstimos e de garantias.
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