Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones avançou 0,13% e o alargado S&P500 ganhou 0,06%, nos 4.997,91 pontos, aproximando-se do limiar simbólico e histórico dos cinco mil pontos.

Por sua vez, o tecnológico Nasdaq subiu 0,24%.

"Quando os cinco mil pontos [do S&P500] forem superados, será uma etapa marcante. É apenas um número, mas é simbólico da força que se tem visto nas ações, apesar de tudo o que se passa no mundo", comentou Angelo Kourkafas, estratega de investimentos na Edward Jones, em declarações à AFP.

Os investidores estiveram a analisar vários resultados, com os da Disney e do fabricante de microprocessadores Arm à cabeça.

A empresa do entretenimento acabou em alta de 11,49%, depois de apresentar lucros acima do esperado de 2,15 mil milhões de dólares, para uma faturação de 23,55 mil milhões, um dividendo aumentado, a redução de perdas no serviço de transmissão em contínuo e vários investimentos.

Cotada na praça nova-iorquina, a britânica Arm, filial do grupo japonês SoftBank 'saltou' 47,89%, o que colocou a sua capitalização bolsista acima dos cem mil milhões de dólares.

O SoftBank apresentou um lucro trimestral de 950 mil milhões de ienes [5,9 mil milhões de euros], invertendo um prejuízo homólogo de 5,5 mil milhões de euros.

O grupo felicitou-se pela diversificação dos investimentos que fez nos últimos anos e o levaram para a inteligência artificial, através da Arm.

O fabricante de brinquedos Mattel, por sua vez, exibiu resultados em alta, mas prevê um volume de negócios estável em 2024 e anunciou um plano de poupanças.

Não obstante, a linha Barbie, que representou um quarto das vendas do grupo no último trimestre do ano passado, viu as suas vendas aumentar em 27%, a aproveitar a embalagem do filme homónimo, que foi o maior sucesso de bilheteira no último ano.

Nas estatísticas económicas o realce foi para as inscrições semanais para o fundo de desemprego, que recuaram em nove mil para 218 mil, o que mostra que o mercado de trabalho nos EUA continua sólido.

"O índice da inflação [índice de preços no consumidor (IPC)], esperado na terça-feira, vai ser o próximo catalisador", previu Angelo Kourkafas. Vai ser um fator determinante para saber se os cinco mil pontos do S&P500 vão constituir um 'plafond' a curto prazo ou bem uma marcha para ir mais longe e atrair mais investidores" para o mercado acionista.

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