Banif sem pressão para negociar com Guiné Equatorial

O presidente do Conselho de Administração do Banif, Luís Amado, disse hoje que o banco não tem necessidades imediatas de capital e que, por isso, está a negociar sem pressão a entrada de investidores da Guiné Equatorial na estrutura acionista.

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Lusa
17/07/2014 13:13 ‧ 17/07/2014 por Lusa

Economia

Luís Amado

A posição foi transmitida em Luanda à margem do Fórum Económico dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), organizado pela nova Confederação Empresarial destes países, no qual já se integram representantes dos empresários da Guiné Equatorial, membros fundadores deste órgão.

De acordo com Luís Amado, o Banif está hoje "capitalizado", depois de concluída a recente operação de capitalização e, portanto, não tem necessidades urgentes.

"Não temos necessidades imediatas de capital, o banco tem liquidez", assegurou, questionado pela Lusa.

O Presidente do Conselho de Administração do Banif recordou ainda que existe um Memorando de Entendimento (MdE) - que segundo informação prestada pelo banco em fevereiro não é vinculativo - entre a instituição e a República da Guiné Equatorial, tendo em vista iniciativas de colaboração no setor bancário.

Contudo, enfatizou, a situação do banco permite negociar sem urgência: "Não temos por isso nenhuma pressão, há um MdE assinado em devido tempo, de cooperação, mas as negociações continuarão, seguramente, e só isso".

Nesse memorando está prevista a "tomada de uma participação qualificada" no capital social daquele banco pela Guiné Equatorial. "Se possível, no montante remanescente para a conclusão da segunda fase do processo de recapitalização do Banif, destinado a investidores internacionais [de cerca de 133,5 milhões de euros]", segundo informação do banco, em fevereiro.

Em Luanda, onde é convidado do Fórum Económico dos seis PALOP, e face às dúvidas sobre a integração da Guiné Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), destacou que "a vontade do grupo africano é muito relevante", em função dos seus naturais "interesses geopolíticos".

"Para todo os países africanos, mas também para o Brasil, a entrada da Guiné Equatorial tem um valor do ponto de vista geoestratégico que é fácil de perceber. Basta olhar para o mapa", reconheceu.

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