Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, no Tagus Park (em Oeiras), Miguel Maya disse que a proposta é que relativamente a 2023 seja feito "um 'payout' de 30%" sobre o resultado líquido de 856 milhões de euros.
Segundo o gestor, depois de em 2022 o banco ter pago em dividendos 10% dos resultados, 2023 foi "um ano de transição" pelo que a proposta é de pagar 30% dos resultados. Já o ano atual, de 2024, é "de futuro, de normalidade", afirmou.
O BCP tem como principal acionista o grupo chinês Fosun, com uma participação de 20,3% depois de, em janeiro, ter vendido aproximadamente 5,60% do capital do BCP pelo valor de cerca de 235,188 milhões de euros.
Em 23 de janeiro, após a venda, o presidente do Conselho de Administração do BCP (presidente não executivo), Nuno Amado, recusou comentar aos jornalistas a venda pela Fosun, dizendo apenas que o banco "está bem e recomenda-se".
O segundo maior acionista do BCP é a petrolífera angolana Sonangol, que em final de junho tinha 19% do banco.
O BCP, que hoje anunciou que teve lucros de 856 milhões de euros em 2023 (quatro vezes mais que os 197,4 milhões de euros de 2022), tem uma grande dispersão do capital, com mais de 100 mil acionistas.
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