"O serviço com maior número de utilizadores foi o serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição (TVS, 88,3%), seguindo-se o serviço de acesso à Internet [SAI] em local fixo ou SAI fixo (83,8%)", adianta o regulador.
O serviço telefónico fixo (STF) registou "uma penetração mais baixa (80,7%) e quase metade das famílias com acesso a este serviço referiu não o utilizar (48,6%)", enquanto a banda larga móvel no telemóvel ou em PC/tablet/pen/router (BLM) "foi utilizada por 49,5% das famílias".
Os dados resultado do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias do INE.
No ano passado, "o serviço de acesso à Internet (fixo ou móvel) foi utilizado por 89,0% das famílias, mais 0,8 pontos percentuais [p.p.] que no ano anterior e mais 8,1 p.p. face aos últimos quatro anos", tendo Portugal se aproximado "dos valores médios registados na União Europeia (UE27), encontrando-se, em 2023, 4,1 p.p. abaixo da média europeia".
Já numa perspetiva individual, "cerca de 85,8% da população referiu ter utilizado a Internet nos três meses anteriores à entrevista (mais 1,3 p.p. face ao ano anterior e menos 5,7 p.p. face à média europeia)".
Em 2023, 86,4% das famílias referiu dispor de ofertas em pacote, refere a Anacom.
"A combinação de serviços mais utilizada pelas famílias (não necessariamente em pacote e sem considerar o serviço telefónico móvel) integrava o STF, a banda larga fixa (BLF), a TVS e a BLM (40,5%), seguindo-se os três serviços fixos STF+BLF+TVS (32,2%)", adianta.
"A terceira combinação de serviços mais utilizada não integrava o serviço telefónico fixo, sendo constituída por BLF+TVS+BLM (4,8%). A esmagadora maioria da população com 16 a 74 anos utilizava o serviço telefónico móvel (97%)", sendo que a "TVS foi o serviço mais subscrito em ofertas em pacote (95,9% das famílias com serviços em pacote), seguindo-se a BLF (92,2%) e o STF (74,9%)".
Além disso, a presença de serviços "móveis em ofertas em pacote é cada vez mais usual", sendo que cerca de 74,9% das famílias "com pacote de serviços, referiu integrar no pacote o serviço telefónico móvel (STM), 69,4% a Internet através de telemóvel e 10,7% a BLM através de PC/tablet/pen/router".
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira registaram "uma maior proporção de famílias com acesso aos serviços fixos de comunicações eletrónicas e aos serviços em pacote".
Por sua vez, a população "mais jovem, mais instruída, na situação de emprego ou estudante e com rendimentos mais altos tende a registar uma maior penetração de serviços de comunicações eletrónicas".
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