Os trabalhadores das plataformas Glovo, Uber, Bolt e outras estarão em greve, esta sexta-feira, dia 22 de março, entre as 18h00 e a meia-noite. O objetivo da paralisação é exigir melhores condições de trabalho.
Esta greve, que vai durar cerca de seis horas, foi organizada através de um grupo de WhatsApp denominado 'Estafetas Unidos', que reúne mais de mil trabalhadores de todo o país.
Esta é já a segunda paragem em poucas semanas, depois de estes trabalhadores terem estado em greve no dia 23 de fevereiro, altura em que se registou a primeira suspensão generalizada desta atividade.
No grupo de WhatsApp onde foi organizada a paralisação terá sido partilhada uma lista de reivindicações, entre as quais constam um pagamento mínimo garantido de três euros por qualquer entrega, além de um adicional de 50 cêntimos por cada quilómetro percorrido em distâncias de 2 a 4,9 quilómetros de distância e um euro extra por quilómetro a partir dos 5 quilómetros de distância.
Cinco anos após a entrada em vigor da lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte, os dados mais recentes revelam que existem mais de 66 mil motoristas certificados, número que mais do que triplicou considerando os que operavam no final de 2018.
Em relação aos operadores de plataforma TVDE (transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica), existem 13 licenciados, de acordo com os dados do IMT de 25 de setembro, apesar de neste momento só dois operarem: a Uber, a pioneira em Portugal, desde 2014, e a Bolt (que quando começou a atividade em 2018 denominava-se Taxify).
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