O maior em democracia. Portugal registou excedente de 1,2% do PIB em 2023
Em 2023, o setor das Administrações Públicas (AP) apresentou um saldo positivo correspondente a 1,2% do PIB, o que compara com o défice de 0,3% registado em 2022.
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Economia INE
É oficial: a economia portuguesa registou um excedente orçamental de 1,2% do produto interno bruto (PIB) em 2023, aquele que é o maior em democracia. Os dados foram divulgados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e servem de 'almofada' para o próximo Governo.
O excedente de 2023 supera o de 0,1% registado em 2019, ano em que o antigo ministro das Finanças, Mário Centeno, entrou para a história económica como o primeiro governante no Terreiro do Paço a conquistar um saldo orçamental positivo no período democrático.
"Em 2023, o setor das Administrações Públicas (AP) apresentou um saldo positivo (capacidade líquida de financiamento) de 3.194 milhões de euros, correspondente a 1,2% do PIB (-0,3% em 2022)", pode ler-se no relatório do INE.
Explica ainda o INE que, entre 2022 e 2023, a receita total das AP aumentou 9,0% (mais 9,5 mil milhões de euros), "em grande medida impulsionada pelo aumento da receita corrente (8,1%, mais 8,5 mil milhões de euros)".
"No mesmo período, a despesa total das AP registou um aumento de 5,2% (mais 5,6 mil milhões de euros), tendo a despesa corrente aumentado 4,5 mil milhões de euros (4,6%) em consequência do crescimento das remunerações dos empregados (variação de 7,6%) e da despesa com juros (variação de 23,3%). A despesa de capital aumentou 1,0 mil milhões de euros em 2023, correspondente a 11,1%", é ainda referido.
Quais eram as previsões?
Os economistas antecipavam um excedente entre 1% e 1,5% do PIB, acima dos 0,8% projetados pelo Ministério das Finanças em outubro.
Entre as principais instituições nacionais e internacionais económicas, o Banco de Portugal previa um excedente de 1,1%, o Conselho das Finanças Públicas de 1%, a Comissão Europeia de 0,8%, enquanto o Fundo Monetário Internacional apontava para 0,2%.
O até agora ministro das Finanças, Fernando Medina (PS), cujo sucessor será conhecido esta semana com a divulgação da composição do governo PSD que tomará posse, deixa assim um ponto de partida para este ano melhor do que o esperado.
[Notícia atualizada às 11h07]
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