Às 08h45 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 0,78% para 495,80 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt baixavam 0,55%, 0,75% e 1,05%, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 1,30% e 1,13%, respetivamente.
Depois de abrir a cair, a bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando às 08:45 o principal índice, o PSI, a perder 0,33% para 6.306,84 pontos.
A escalada das tensões no Médio Oriente levou a uma forte subida do preço do petróleo que, no caso do Brent, chegou a aproximar-se dos 91 dólares ao início da manhã, embora na abertura tenha suavizado a sua subida para 88,15 dólares, com uma revalorização de 1,15%.
Analistas da Renta4 citados pela Efe explicam que o ataque de Israel ao Irão foi descrito por alguns meios de comunicação como "simbólico", o que limita em parte a reação inicial dos mercados, já que o crude moderou as subidas (subiu mais de 4%), tal como o ouro, que subiu mais de 2% esta manhã.
A esta hora, o ouro, um dos ativos considerados um porto seguro em tempos de incerteza, está a subir 0,48% para 2.390,1 pontos.
Os futuros dos principais indicadores de Wall Street registam hoje quedas moderadas, entre 0,48% no Dow Jones e 0,70% no Nasdaq, o índice tecnológico mais importante.
Na quinta-feira, o Dow Jones terminou a subir 0,06% para 37.775,38 pontos, contra 39.807,37 pontos em 28 de março, um novo máximo desde que foi criado em 1986, e o Nasdaq a cair 0,52% para 15.601,50 pontos, contra o novo máximo de 16.442,20 pontos em 11 de abril.
Analistas da Link Securities, também citados pela Efe, explicam que hoje os investidores terão de processar" as consequências que o ataque de retaliação levado a cabo por Israel, esta madrugada, contra vários alvos militares iranianos, tanto no Irão como na Síria e no Iraque, pode ter para a estabilidade na região, uma vez que abre a porta a uma guerra frontal entre as duas potências.
"Se assim for, poderá ter consequências para a economia mundial, através do aumento do preço do petróleo, um fator inflacionista que condicionaria a atuação dos bancos centrais, que se veriam na posição de ter de manter as suas taxas de juro em níveis restritivos, com o consequente impacto no crescimento económico mundial".
A nível cambial, o euro abriu a desvalorizar-se no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0645 dólares, contra 1,0653 dólares na sessão anterior.
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