O Conselho de Ministros aprovou, esta sexta-feira, a proposta que reduz as taxas do IRS até ao 8.º escalão, indicando que a medida perfaz um total de redução do imposto de 1.539 milhões de euros face a 2023. Afinal, qual é o impacto que esta medida vai ter - se for aprovada - na carteira das famílias portuguesas?
Antes de mais, importa sublinhar que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que a redução adicional das taxas marginais aplicar-se-á a todos os escalões até ao 8.º, defendendo que a medida significa "dizer ao país que as pessoas não são ricas a partir de 1.300 euros de rendimento líquido por mês e que com esse rendimento também precisam de ter alívio fiscal".
Além disso, disse esperar que as novas tabelas de retenção da fonte possam estar em vigor "entre junho e julho", se o Parlamento "for diligente" e "tudo decorrer de forma célere".
Simulações: Qual é o impacto da descida do IRS?
De acordo com o documento apresentado durante a conferência de imprensa e cedido pelo Ministério das Finanças ao Notícias ao Minuto, estas simulações mostram o impacto da poupança anual em função do rendimento bruto mensal comparando a proposta atualmente em vigor do IRS e a do Executivo.
Quanto se poupa com a proposta do Governo© Ministério das Finanças
De sublinhar que o Governo quer retroagir a janeiro o impacto da redução adicional das taxas do IRS e este acerto será integralmente feito no primeiro mês em que entrarem em vigor as novas tabelas de retenção na fonte.
Ao que tudo indica, o acerto será feito em moldes idênticos ao que por vezes acontece quando as empresas e entidades pagadoras de pensões não têm tempo de aplicar as novas tabelas nos salários e pensões de janeiro, fazendo o acerto retroativo em fevereiro - com a diferença que desta vez serão vários meses para acertar.
Governo propõe redução adicional das taxas marginais em todos os escalões até ao 8.º© Ministério das Finanças
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