Presidente do BPI rejeita que haja instabilidade política

O presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, rejeitou hoje que haja instabilidade política no país e disse acreditar que "o bom senso vai prevalecer".

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Lusa
30/04/2024 15:07 ‧ 30/04/2024 por Lusa

Economia

BPI

"Não entendo que haja instabilidade política. Acho que o país está a ser governado. Até acho que há uma certa situação de estabilidade. Há sempre uma guerra política que faz parte. Mesmo quando tínhamos maioria absoluta passava-se da mesma forma", afirmou João Pedro Oliveira e Costa na apresentação dos resultados do banco no primeiro trimestre deste ano, em Lisboa.

Na conferência de imprensa, em que o banco anunciou lucros de 121 milhões de euros, o presidente do banco do grupo Caixabank apontou que os desafios que o país enfrenta são "tão elevados".

Nesse sentido, apontou que o país vive um momento em que tem de ter atenção ao aproveitamento dos fundos europeus, que considerou muito importantes para a transformação da economia, mas também dos avanços tecnológicos.

Assim, registou que o país tem, também, capacidade de atrair investimento e talento com elevadas qualificações.

"Acredito, sinceramente, que o bom senso vai prevalecer e vai haver alguma estabilidade política, apesar daquilo a que nós assistimos nas televisões e o país vai continuar a avançar", atirou.

O programa de Governo, apresentado em 10 de abril, prevê baixar o IRC (imposto sobre lucros de empresas) para 15%. O executivo quer reduzir este imposto, atualmente de 21%, a um ritmo de dois pontos percentuais por ano. Os bancos estão entre as empresas que mais pagam IRC tendo em conta os lucros apresentados.

Na conferência de imprensa de hoje, Oliveira e Costa criticou alguns dos impostos que os bancos têm de pagar, e pediu o fim da contribuição extraordinária da banca e do adicional de solidariedade, criado no tempo da pandemia para o setor.

Nesse sentido, apontou que o adicional de solidariedade é "algo que está sempre no topo da agenda", uma vez que é algo que a administração entende "que deve desaparecer". Ainda assim, garante que não há "nenhum 'forcing'" e não espera uma "alteração significativa na política nessa matéria", independentemente de um governo liderado por PS ou PSD.

"Não falámos, mas está nas nossas agendas. Não tem sido o tema de abordagem com o Governo", explicou.

Nos primeiros três meses deste ano, o BPI registou uma contribuição extraordinária de 19,1 milhões de euros e 3,5 milhões de euros através do adicional de solidariedade para o setor bancário, avançou a vogal do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva do BPI Susana Trigo Cabral, na apresentação dos resultados.

Leia Também: BPI prevê redução dos lucros este ano face a 2023

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