Banco de Cabo Verde revê crescimento em alta para 5%
O Banco de Cabo Verde (BCV) reviu em alta as perspetivas de crescimento da economia do arquipélago para 5%, este ano, de acordo com o relatório de política monetária hoje divulgado.
© Lusa
Economia Cabo Verde
"Em comparação com as projeções de outubro de 2023, o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 foi revisto em alta, em 0,3 pontos percentuais", anunciou o banco central.
A melhoria da previsão para este ano reflete uma revisão em baixa de preços e a atualização das contas nacionais.
Segundo o BCV, há uma estabilização, tendo em conta que o crescimento do PIB em 2023 foi de 5,1%.
A nova previsão fica 0,3 pontos percentuais acima daquela que foi hoje reafirmada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na Praia, que aponta para um crescimento de 4,7% em 2024, "a convergir para um crescimento potencial de 4,5 por cento até 2028", anunciou o fundo.
Apesar de separadas por algumas décimas, as duas instituições coincidem na ideia de que "os efeitos positivos do impulso na economia e no turismo após a pandemia continuam a dissipar-se, prevendo que se extingam este ano", como descreve o banco central.
A retoma pós-pandemia de covid-19 levou o PIB de Cabo Verde a uma taxa de crescimento de 17% em 2022, muito acima do normal, devendo agora regressar a intervalos pré-pandémicos.
Quanto a 2025, a previsão do banco central mantém-se inalterada em relação à perspetiva que estava traçada, apontando para um crescimento de 5,4%.
Sobre a inflação média anual, o BCV prevê que baixe para 1,2% em 2024 e 1% em 2025.
Comparativamente às projeções de outubro de 2023, a taxa de inflação prevista para 2024 foi revista em baixa em um ponto percentual e para 2025 manteve-se inalterada.
"Não obstante esperar-se alguma volatilidade nos preços dos produtos energéticos devido a questões geopolíticas, antecipa-se que para 2024 e 2025 a taxa de inflação mantenha uma trajetória descendente, atingindo níveis mais consistentes com o objetivo de estabilidade dos preços", acrescenta-se no documento.
O BCV prevê ainda que "o stock de reservas externas líquidas deverá garantir em torno dos 6 e 5,7 meses de importações, em 2024 e 2025, respetivamente".
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