Nas previsões económicas da primavera, hoje divulgadas, o executivo comunitário aponta para um abrandamento da inflação face ao que tinha antecipado no anterior exercício intercalar de inverno, divulgado em fevereiro, e onde apontava para uma taxa de 2,7% este ano e de 2,2% em 2025, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC).
No seu exercício macroeconómico, a Comissão Europeia destaca que a taxa deverá, nos países da área do euro, "atingir a meta de 2% do Banco Central Europeu na segunda metade de 2025".
Para a União Europeia (UE), Bruxelas prevê uma taxa de inflação também medida pelo IHPC de 2,7% em 2024 e 2,2% em 2025, um abrandamento face às previsões anteriores que apontavam para 3,0% e 2,5%.
O executivo comunitário destaca, na sua análise, que "os resultados da inflação inferiores ao previsto nos últimos meses, os preços mais baixos das matérias-primas energéticas e o menor dinamismo económico colocaram a inflação numa trajetória descendente mais acentuada do que o apontado nas previsões do outono", devendo a descida da inflação ser impulsionada principalmente pelos bens não energéticos e pelos produtos alimentares, enquanto a inflação dos produtos energéticos e a inflação dos serviços diminuirá apenas gradualmente, a par de uma moderação das pressões salariais.
No entanto, Bruxelas alerta para que, a curto prazo, o termo das medidas de apoio à energia nos Estados-membros e o aumento dos custos de transporte marítimo na sequência das perturbações do comércio no Mar Vermelho deverão exercer algumas pressões no sentido da subida dos preços, sem descarrilar o processo de descida da inflação.
No final do horizonte de previsão, a inflação global da zona euro deverá situar-se ligeiramente acima do objetivo do BCE, sendo a inflação da UE um pouco mais elevada.
A taxa de desemprego, por seu lado, deverá ficar nos 6,6% este ano, recuando para 6,5% em 2025 nos países da área do euro e, respetivamente, nos 6,1% e 6,0% no conjunto dos 27 Estados-membros.
[Notícia atualizada às 10h57]
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