Ana Mendes Godinho esteve hoje à tarde a ser ouvida na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, a propósito da sustentabilidade financeira da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e o processo de internacionalização dos jogos sociais.
Confrontada com uma pergunta do grupo parlamentar do Partido Social-Democrata de que teria aprovado um despacho para aumentar os salários da provedora e dos restantes elementos da Mesa, a ex-governante respondeu que "há um equivoco" e que "não houve despacho nenhum" seu.
"O que há é um despacho de 2013, do então ministro Mota Soares, que define e equipara as remunerações dos membros da Mesa ao estatuto de gestor público e, portanto, esse é o despacho", explicou a ex-ministra.
Esta questão, dos aumentos dos salários dos membros da Mesa, surge na sequência de uma entrevista da atual ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social Maria do Rosário Ramalho, na qual a governante disse que os membros da Mesa se "beneficiaram a si próprios", aumentando os seus vencimentos.
Posteriormente, também numa audição no parlamento, a vice-provedora demissionária da Santa Casa de Lisboa Ana Vitória Azevedo acusou a ministra Maria do Rosário Ramalho de "dizer coisas que não são verdade" e explicou que o aumento dos vencimentos decorreu do estatuto do gestor público, ao qual as remunerações dos dirigentes da SCML estão indexadas.
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