No mesmo período, indicou a empresa, as receitas totais atingiram os 222,7 milhões de euros, "um valor em linha (-0,9%) com o registado no período homólogo, com o aumento dos volumes vendidos a compensar a comparação ainda desfavorável em termos de preços".
"Num contexto de recuperação dos preços, embora ainda inferiores aos registados no período homólogo, aumentámos a produção, mas também as vendas, o que, conjugado com um decréscimo de custos, se repercutiu positivamente nos resultados alcançados durante o primeiro trimestre deste ano", disse o presidente executivo da Altri, José Soares de Pina, citado no mesmo comunicado.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 50 milhões de euros, em linha com o mesmo período de 2023 (50,2 milhões de euros), destacou o grupo.
Por outro lado, "o investimento líquido realizado pelo Grupo Altri nos primeiros três meses de 2024 atingiu os 11,8 milhões de euros, o que compara com os 18,4 milhões no período homólogo", que foi marcado pelo investimento na nova caldeira de biomassa (considerando a nova turbina) para a unidade industrial Caima.
Por outro lado, a "dívida líquida do grupo Altri prosseguiu a tendência decrescente, recuando para 339,9 milhões de euros no final de março de 2024 (contra os 356,7 milhões registados no final de 2023)", destacou.
Esta evolução é "explicada pela melhoria do nível de EBITDA e por uma gestão rigorosa do fundo de maneio", disse a Altri.
Segundo a empresa, "a procura global por fibras celulósicas apresentou um crescimento homólogo de 6,2%, com a procura por pasta Hardwood a registar um acréscimo de 10,1%", destacando-se, referiu, a China (+12,2%), a América do Norte (+11,8%) e o mercado europeu, com uma subida de 13,4% na Europa Ocidental e 30,7% na Europa de Leste.
"O ano de 2023 terminou com um nível de 'stocks' historicamente baixo, perto de 1,2 milhões de toneladas, nível que se mantém semelhante durante o primeiro trimestre de 2024", disse ainda a Altri.
Já ao nível de preços, continuou a verificar-se "uma tendência de subida iniciada em setembro de 2023" nos primeiros três meses deste ano, segundo o grupo.
A Altri antecipa que "a tendência de melhoria da procura no mercado de pasta", a que se assiste desde o verão de 2023, "deverá continuar durante a primeira metade de 2024".
"Apesar de aumentos importantes de capacidade instalada na indústria de pasta em 2023 e o aumento esperado durante o terceiro trimestre de 2024, os preços têm mantido uma subida sustentada nos últimos meses", adiantou.
A Altri revelou ainda que, no que diz respeito à produção, "após a paragem da Caima em março de 2024, segue-se a manutenção da Celbi que deverá ocorrer entre os meses de setembro e outubro". Já a Biotek tem agendada uma paragem, mas só em março de 2025.
Em relação ao projeto Gama, na Galiza, em Espanha, a Altri disse que se encontra "em tramitação da licença ambiental integrada, condição essencial para a tomada de decisão final de investimento".
Este projeto, lembrou, decorre de um Memorando de Entendimento assinado com a Impulsa, um consórcio público-privado da Comunidade Autónoma da Galiza, "para estudar em exclusivo a construção de uma unidade industrial de raiz, para a produção de pasta solúvel e fibras têxteis sustentáveis".
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