Pedro Reis falava num encontro com administradores executivos (CFO Clube), uma iniciativa da EY que junta CFO das maiores empresas em Portugal com o objetivo de repensar os meios e formas de financiamento à economia.
Na sua intervenção, o ministro disse que a perceção que tinha é que "há aqui uma janela de oportunidade em que o mundo está mudar a velocidade estonteante, (...), volatilidade forte".
Mas "isso abre oportunidades para a economia portuguesa de captar ou de densificar ou aumentar a espessura de certos 'clusters' que porventura não seria a um ritmo normal da história", acrescentou o governante.
"O que eu quero dizer, descondificando, é que a partir do momento que isso vai replicar no mundo inteiro alguns tipos de competências de setores estratégicos críticos em que blocos" têm que ter estas matérias desenvolvidas ou talento, "isso acrescenta uma agenda de captação de investimento mais vasta e mais profunda e mais ambiciosa que em termos normais", explicou Pedro Reis.
Além de temas como a energia, mobilidade, o setor da defesa é também um dos "setores estimulantes" para a investigação e desenvolvimento.
Por exemplo, a Europa "está a investir massivamente nesta matéria" e a desmultiplicação disso numa economia como a portuguesa pode ser muito "virtuosa" porque começa nos têxteis técnicos, passa por "tangentes como o mar" ou como geolocalização e entra na biotecnologia, exemplificou.
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