O Índice de Gestores de Compras (PMI), compilado pela empresa britânica de informação económica IHS Markit e que muitos investidores internacionais tomam como referência para analisar o setor industrial chinês, subiu de 51,7 pontos em maio para 51,8 em junho.
Quando se mede o PMI, uma marca acima dos 50 pontos representa uma expansão da atividade no setor em relação ao mês anterior, enquanto uma marca abaixo dos 50 representa uma contração.
O valor também supera as previsões dos analistas, que esperavam que o indicador se fixasse em torno de 51,2 pontos.
A leitura da Caixin difere da oficial, divulgada no domingo pelo Gabinete de Estatística da China, que se manteve na zona de contração, em 49,5 pontos.
O jornal apontou um aumento simultâneo da oferta e da procura, com o maior registo em dois anos no subíndice que mede a produção e o 11.º mês consecutivo de aumentos nas novas encomendas.
No entanto, e apesar da maioria dos outros indicadores que compõem o PMI difundido pela Caixin serem positivos, o índice que mede o otimismo dos gestores das empresas da indústria transformadora em relação ao futuro da produção caiu mais de três pontos em relação ao mês anterior, situando-se no valor mais baixo desde novembro de 2019, embora ainda se mantenha na zona de expansão.
Os principais fatores que preocupam os gestores inquiridos, referiu o relatório, são a "proeminente pressão descendente" sobre a economia e "a intensa" concorrência no mercado.
Wang Zhe, economista da Caixin, destacou ainda uma "procura efetiva insuficiente" e apelou para o reforço das iniciativas políticas destinadas a sustentar a recuperação económica, sugerindo também que as reformas fiscais e tributárias se concentrem na melhoria das expectativas entre os fatores de mercado.
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