Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones caiu 0,77%, o tecnológico Nasdaq perdeu 1,49% e o abrangente S&P 500 caiu 1,11%.
"A queda de hoje apanhou as pessoas de surpresa", sublinhou Steve Sosnick, da Interactive Brokers, à agência France-Presse (AFP), acrescentando que "as vendas afetaram todos os setores" sem que "houvesse um estímulo específico".
"Estamos a aproximar-nos do final do ano, [os investidores] fizeram ajustes de posição de última hora", detalhou, por sua vez, Peter Cardillo, da Spartan Capital.
Sosnick esclareceu, no entanto, que "a queda pode parecer mais brutal do que o habitual, em parte porque os volumes de negociação são baixos" durante esta época de férias.
O aumento das taxas das obrigações também poderá "desacelerar o mercado", realçou Cardillo.
No mercado obrigacionista, o rendimento dos títulos do governo dos EUA a 10 anos subiu para 4,62%, em comparação com 4,58% no fecho do dia anterior.
O mercado parece, em todos os casos, ter perdido um período das últimas cinco sessões do ano que, de um modo geral, favorece os investidores.
Na tabela de valores, todos os principais setores terminaram no vermelho e as perdas das grandes empresas da bolsa "pesaram sobre todo o mercado", frisou, em comunicado, Patrick O'Hare, do Briefing.com.
Os 'Sete Magníficos', alcunha dada aos grandes nomes do setor tecnológico, caíram todos, como a Alphabet (-1,55%), a Amazon (-1,45%), a Nvidia (-2,09%), a Tesla (-4,95%) ou Maçã (-1,32%).
A Palantir (-3,73%) ou a Super Micro Computer (-5,22%) também estiveram entre as ações que puxaram os índices para baixo.
As ações energéticas, que conseguiram manter a cabeça acima da água no início da sessão, foram as menos afetadas pelo movimento de queda do dia, como a ExxonMobil (-0,01%), Chevron (+0,01%), ConocoPhillips (+ 0,03%) ou ainda Recursos EOG (+0,49%).
A Bitcoin continuou a sua queda, arrastando para baixo outros 'players' das criptomoedas como a MicroStrategy (-3,24%), Coinbase (-3,17%), Robinhood (-3,37%) e Riot Platforms (-4,85%).
A gigante automóvel japonesa Honda avançou 1,37%, ainda impulsionada pela abertura no início da semana das negociações sobre uma possível fusão com a compatriota Nissan.
O seu objetivo é combinar forças para negociar a mudança estratégica para a eletricidade, dominada pela norte-americana Tesla e os grupos chineses, com a BYD na liderança.
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