"Repensar as organizações é um desafio diário, um desafio que veio para ficar e que todos temos de enfrentar diariamente. As pressões geopolíticas que hoje vivemos, o clima de enorme incerteza, o desafio das transições climática e digital, do ESG [governança ambiental, social e corporativa], da inteligência artificial, do 'big data' [macrodados] e muitas outras vêm-nos trazer estes desafios", começou por dizer na sua intervenção de abertura.
Porém, Luís Miguel Ribeiro elencou um outro desafio "maior que estes todos".
"É a questão da pressão demográfica e o desafio de cada vez mais capacitarmos, retermos e qualificarmos talento. Esse talento são as pessoas, e as pessoas são claramente, como nós temos vindo a afirmar ao longo dos anos, o principal ativo das organizações", defendeu.
O presidente da associação empresarial que gere a Exponor apontou o capital humano, em que "é necessário investir regularmente, constantemente, e valorizar".
"O país tem hoje este grande desafio de atração e retenção de talento", considerou, numa época em que "a liderança empresarial é hoje um desafio cada vez maior".
Para Luís Miguel Ribeiro, "a expressão 'ter miopia empresarial' não é a capacidade de ver mais longe, mas é a capacidade de ver mais rápido", bem como de enfrentar "não os desafios daquilo que conhecemos, mas os desafios daquilo que ainda não conhecemos".
A 17.ª edição da QSP Summit arrancou hoje na Exponor, em Matosinhos, depois de uma cerimónia de abertura que decorreu na terça-feira no Teatro Municipal Rivoli, no Porto, e dura até quinta-feira.
Sob o tema 'Rethinking Organizations' [repensar as organizações], esta edição da QSP Summit conta com a participação de mais de 3.500 participantes de 30 países e de mais de 100 oradores.