"Matérias chave". Sindel saúda abertura da EDP, mas mantém greve

O Sindicato Nacional da Indústria e Energia (Sindel) congratulou-se hoje com a existência de "alguma abertura" da EDP para negociar as antiguidades na empresa, mas vai manter a greve em curso até obter "respostas para matérias chave".

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Lusa
08/07/2024 13:19 ‧ 08/07/2024 por Lusa

Economia

Greve

 

Os trabalhadores da EDP iniciaram uma greve na passada sexta-feira, até 31 de agosto, reivindicando a valorização de carreiras, depois de as negociações com a empresa não terem obtido os resultados esperados pelos sindicatos.

Num comunicado divulgado hoje, o Sindel refere que, numa reunião plenária realizada na quarta-feira da semana passada, a EDP "apresentou uma proposta para rever várias matérias", em resposta a reivindicações do sindicato, nomeadamente "os 15 minutos da mudança de turnos para acumulação de dias e a antiguidade".

Contudo, refere, "outras ficaram sem resposta, nomeadamente a matéria das carreiras, onde a empresa se mantém estagnada na sua posição".

Considerando que esta proposta está ainda "distante das reivindicações e anseios dos trabalhadores e das propostas do Sindel", o sindicato reconhece que se "fez luz em alguns pontos" e congratula a EDP "por este avanço".

"Saudamos verificar que já existe alguma abertura para negociar as antiguidades, que é uma matéria que consta da carta reivindicativa e a mais importante, mas ainda se encontram outros temas na carta que carecem de resposta", sustenta.

Assim, e com o processo negocial ainda em curso, o Sindel garante que "não vai abrandar a pressão que a greve está a exercer até existirem respostas para matérias chave", pretendendo avançar com uma contraproposta depois de "analisar a fundo" a proposta da EDP.

Segundo os detalhes avançados hoje pelo sindicato, a proposta apresentada pela empresa prevê que, em caso de doença, a progressão salarial não fica limitada a 45 dias, mas a 60; que na passagem de turno os 15 minutos acumulam até ao máximo de um dia de gozo nas reservas; e um aumento para 16,5%/hora (face aos 15% em vigor) em caso de disponibilidade alerta, mantendo-se durante o trabalho suplementar.

Prevê ainda que a alimentação na primeira infância para trabalhadores Flex passa de 162,60 para 200 euros; uma valorização da antiguidade (cinco anos 250 euros e 15 anos 500 euros, sendo estes valores únicos a pagar nesse ano); e o pagamento como trabalho suplementar (face ao atual valor hora) do tempo de trajeto nas grandes deslocações.

Também proposto pela EDP é a falta autorizada até meio dia para doação de sangue (atualmente é apenas pelo tempo necessário); um aumento do valor mínimo do Plano Flex para 1.030 euros; e o gozo do dia de anos em qualquer dia do mês de aniversário.

A greve dos trabalhadores da EDP foi convocada pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), pelo Sindel, pelo Sindicato da Energia de Portugal (Sinergia), pelo Sindicato Inovação Energética (Sinovae) e pelo Sindicato da Indústria e Energia de Portugal (Sirep).

O Ministério do Trabalho decretou serviços mínimos.

Leia Também: Trabalhadores da EDP iniciam sexta-feira greve (que vai até 31 de agosto)

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