Em declarações à Lusa, o coordenador da Comissão de Trabalhadores da STCP, João Paulo Silva, confirmou a paralisação esgotado que foi o prazo para a administração responder a uma revisão salarial não inferior a 8%, aprovada em 28 de junho.
"Vamos fazer uma greve de 26 horas para poder apanhar o turno da noite", acrescentou, indicando que partiu do STRUN - Sindicato Transportes Rodoviários Urbanos Norte a decisão sobre a paralisação.
Em resposta à Lusa, a administração da STCP assinalou que "chegou a um compromisso para o ano corrente, no passado mês de maio, com quatro dos cinco sindicatos representativos dos seus trabalhadores".
"Estes quatro sindicatos representam a maioria dos trabalhadores da empresa. O único sindicato que não assinou este compromisso foi o STRUN", acrescenta.
No dia da discussão da moção, cerca de 400 trabalhadores estiveram reunidos em plenário, discutiram a atualização remuneratória da tabela base de 2024, as alterações ao Sistema de Evolução Profissional (SEP) e o cumprimento do Acordo de Empresa.
À data, em declarações à Lusa, João Paulo Silva explicou que os trabalhadores consideram insuficiente a atualização salarial efetuada pela administração da STCP -- 2% em janeiro e 4,7% em abril --, defendendo que o aumento não pode ser inferior a 8%.
Os trabalhadores exigem ainda que as alterações ao Sistema de Evolução Profissional "se façam em nome da funcionalidade do sistema, sem que agravem os parâmetros de avaliação ou se ponham em causa automatismos vigentes".
Reclamam ainda o "respeito integral" dos acordos de empresa, "sem alterações interpretativas, nomeadamente faltas justificativas, agente único e assistência na doença".
"Damos até 04 de julho para que a empresa responda a estes três pontos, caso não responda os sindicatos estão mandatados para que, querendo, ir para a luta, avançando à partida com uma greve de 24 horas", disse então o coordenador.
[Notícia atualizada às 18h58]
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