Em Portugal, 1.181 empresas entraram em insolvência até junho deste ano, segundo dados da Allianz Trade. Significa este número um aumento de 6,8% no primeiro semestre de 2024, face ao mesmo período de 2023.
Porto e Lisboa são os distritos onde se registaram os maiores números de insolvências.
No Porto, foram 320 as empresas que entraram em insolvência até junho, representando um aumento de 29% face ao mesmo período de 2023.
Já em Lisboa, 215 companhias entraram em insolvência, representando um crescimento de 0,5% face aos primeiros seis meses de 2023.
Em terceiro lugar no 'ranking' está Braga, com 166 insolvências. Trata-se de um aumento de 21,2% face ao primeiro semestre do ano passado.
"Por outro lado, e tendo em conta a dimensão, os dados da Allianz Trade em Portugal revelam que as micro e pequenas empresas, com um volume de negócios inferior a 500 mil euros, até junho, continuaram a registar o maior número de insolvências", lê-se em comunicado.
Concluiu-se também que foram as empresas com mais de 10 anos que registaram maior volume de insolvências nos primeiros seis meses de 2024.
No topo da lista das insolvências estão os setores dos serviços, têxteis e construção, registando-se um "aumento expressivo" no setor têxtil, de 114%. Em sentido contrário, as insolvências nos setores dos serviços e da construção minguaram, respetivamente, 6,8% e 21,8%, face ao primeiro semestre de 2023.
"As recentes estimativas de crescimento económico para Portugal, da Allianz Trade, foram revistas em alta, apontando para o crescimento do produto interno bruto em 1,6% este ano e 1,4% em 2025. Embora estes indicadores sejam algo animadores, os cenários económicos europeu e mundial mostram que deve existir cautela, pois persiste ainda alguma incerteza económica", disse Nadine Accaoui, presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva da Allianz Trade em Portugal, completando: "As projeções relativamente às insolvências, à escala mundial, indicam que estas devem aumentar durante este ano de 2024".
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