Greves mantêm-se. Sindicatos dizem que "CP não quer resolver conflito"
Greves marcadas para 22 e 24 julho vão manter-se.
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Economia CP
O conjunto de sindicatos promotores da greve na CP marcada para 22 e 24 de julho anunciaram que as paralisações "se mantêm", após uma reunião com o presidente - Pedro Moreira - e a vice-presidente da empresa - Maria Ribeiro -, esta sexta-feira.
As organizações sindicais alegam que a "administração da CP não quer resolver conflito".
Ao final da manhã de hoje, "estas organizações foram contactadas para a disponibilidade de uma reunião com a administração da empresa, para discutirmos o processo negocial em curso e soluções para o conflito", lê-se na missiva.
Nela, as várias associações sindicais do setor lamentam que, "apesar de conhecerem as propostas sindicais, por muito caricato que possa parecer, a proposta única da CP foi pedir a desconvocação das greves a troco de uma nova reunião no próximo dia 22 de julho, sem assumir qualquer compromisso".
A administração da CP não quer negociar. Não quis negociar na passada quinta-feira, não quis negociar hoje [19 de julho] e não quer negociar na próxima segunda-feira
Os sindicatos criticam, ainda, que foi colocada como "condição [...] não solucionar determinados assuntos que são as principais causas do conflito laboral em curso".
"A administração da CP não quer negociar. Não quis negociar na passada quinta-feira, não quis negociar hoje [19 de julho] e não quer negociar na próxima segunda-feira", criticaram os sindicalistas, acusando a empresa de querer "impor à força um novo Regulamento de Carreiras que os trabalhadores não aceitam, porque não valoriza as suas profissões e aumenta-lhes as funções, preparando assim as condições para mais tarde se extinguirem profissões hoje existentes".
As organizações sindicais em questão "mantêm toda a disponibilidade para voltar a reunir e resolver o conflito, até porque ainda faltam mais de 48 horas até ao início da primeira greve".
Num apelo final, os sindicatos acusaram que esta administração da CP "não tem capacidade para desbloquear o conflito existente", pelo que "a intervenção da tutela é essencial".
O Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho chegaram, recentemente, a acordo.
A Fectrans defendeu que a proposta "aumenta a polivalência de funções e não valoriza a grela salarial", o que disse ser uma "medida estratégica" para recrutar novos trabalhadores e manter os atuais.
Para além das CT da CP e da IP e da Fectrans, subscrevem esta posição as associações sindicais das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), assim como os sindicatos nacionais dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE), Democrático da Ferrovia (Sindefer) e de Quadros Técnicos (SNAQ).
Soma-se o apoio dos sindicatos independentes dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), Nacional dos Ferroviários (SINFB), dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA) e dos sindicatos dos Transportes Ferroviários (STF) e dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (STMEFE).
[Notícia atualizada às 22h49]
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