Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco indicou que, até junho, registou um crescimento homólogo de 2% no crédito, enquanto os depósitos aumentaram 6%.
Já o produto bancário cresceu 18%, enquanto os custos recorrentes se mantiveram e o custo do risco se situa num nível reduzido de 0,06%, o que, em conjunto, se traduziu numa melhoria da rentabilidade dos capitais próprios tangíveis recorrentes em Portugal para 19% nos últimos 12 meses (+7,4 pontos percentuais, em termos homólogos).
O BPI é detido pelo grupo espanhol Caixabank, que comunicou hoje lucros de 2.675 milhões de euros no primeiro semestre do ano, mais 25,2% do que nos mesmos meses de 2023.
A atividade do banco em Portugal contribuiu com 268 milhões de euros para o resultado, mais 35% do que no mesmo período do ano passado, enquanto as participações no Banco de Fomento de Angola (BFA) e no BCI tiveram um contributo de 41 e 18 milhões, respetivamente.
"O BPI concluiu o primeiro semestre de 2024 com um resultado de grande qualidade, apoiado no crescimento do negócio, em particular na captação de recursos de clientes e na concessão de crédito, enquanto o risco de crédito se mantém em mínimos históricos", salientou o presidente do banco, João Pedro Oliveira e Costa.
A carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 2%, para 30,3 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 0,5 mil milhões, enquanto a carteira de crédito à habitação aumentou 2%, para 14,7 mil milhões.
A contratação de habitação mantém-se acima de 600 milhões de euros nos últimos seis trimestres (641 milhões de euros no segundo trimestre 2024) e, nos primeiros seis meses do ano, a taxa mista representou 60% dos novos contratos de crédito e a taxa fixa 21%.
Já a carteira de crédito a empresas cresceu 5% para 11,7 mil milhões de euros.
Relativamente à margem financeira, o BPI registou um crescimento de 13% (mais 56 milhões de euros), para 491 milhões.
Em conferência de imprensa, em Lisboa, João Pedro Oliveira e Costa adiantou que o banco prevê uma diminuição da margem, devido ao impacto estimado da redução das taxas de juro.
Para o total do ano, o BPI prevê que os resultados fiquem mais próximos dos do ano anterior, ao contrário da expectativa inicial que apontava para valores abaixo dos de 2023, mas, devido à evolução prevista das taxas de juro, "será muito difícil ultrapassar" os resultados do ano passado.
[Notícia atualizada às 13h24]
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