Em conferência de imprensa, em Lisboa, o presidente da Comissão Executiva do banco, Pedro Castro e Almeida, considerou que "são resultados muito positivos e fruto do trabalho de todos".
"O Santander continua a ser um banco muito rentável, continua a crescer de trimestre para trimestre em Portugal e conquistou este direito de crescer, e crescer organicamente, portanto não vamos ficar por aqui", acrescentou.
O resultado de exploração ascendeu a 854,8 milhões de euros, um aumento de 48,7% face ao mesmo período do ano passado, enquanto a imparidade líquida de ativos financeiros ao custo amortizado ascendeu a -4,4 milhões de euros, que compara com -35 milhões registados no primeiro semestre de 2023.
O Santander Totta é detido pelo grupo espanhol Santander, que comunicou, na semana passada, um lucro de 6.059 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 16% do que no mesmo período de 2023.
No primeiro semestre, o produto bancário cresceu 34% face ao mesmo período do ano passado, para 1.112,3 milhões de euros, beneficiando do aumento de 47% da margem financeira, para 862,2 milhões de euros.
O banco salientou que a margem financeira beneficiou dos efeitos da subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), entre julho de 2022 e setembro de 2023.
"É já visível uma redução face quer ao pico, observado no quarto trimestre de 2023, quer ao trimestre anterior, refletindo a descida das taxas de juro já em curso, assim como a remuneração dos depósitos", salientou o banco.
Os custos operacionais estabilizaram, com uma ligeira subida de 0,8% em termos homólogos.
Nos primeiros seis meses do ano, o banco aumentou a sua base de clientes ativos em mais 61.000 e de clientes digitais em mais 69.000, face ao período homólogo, tendo como resultado o crescimento de 12,3% das transações, com mais de 1,1 milhões de operações diárias de compras e pagamentos.
O crédito a clientes cresceu 12,1%, face ao mesmo período do ano passado, para um montante de 47.000 milhões de euros, com o crédito hipotecário a aumentar 2,8% face ao final de 2023.
Já os recursos de clientes ascenderam a 45.100 milhões de euros, o que reflete um crescimento de 1,8% em termos homólogos.
No primeiro semestre, o rácio de eficiência do banco situou-se em 23,1%, baixando 7,7 pontos percentuais face ao mesmo período de 2023.
Questionado sobre o pagamento de dividendos à "casa mãe", relativos a 2023, o administrador financeiro, Manuel Preto, disse que não foi pago qualquer valor e que está marcada uma assembleia-geral para, eventualmente, deliberar sobre esta questão.
[Notícia atualizada às 10h55]
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