A retoma das operações -- interrompidas desde 29 de julho devido à "situação de segurança no Médio Oriente" -- "será sujeita a uma nova avaliação da situação no local", refere um comunicado divulgado na quarta-feira à noite no site da Air France.
Na quarta-feira, também a Lufthansa anunciou que vai continuar a evitar o espaço aéreo iraniano e iraquiano até 13 de agosto.
Segundo avançava a AFP, o grupo aéreo alemão acrescentou que iria prolongar a suspensão dos seus voos para Telavive (Israel), Teerão (Irão), Beirute (Líbano), Amã (Jordânia) e Erbil (Curdistão iraquiano) até 13 de agosto, inclusive.
A situação no Médio Oriente agravou-se na sequência do assassínio em Teerão do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, atribuído a Israel, e do principal comandante do grupo xiita Hezbollah, Fuad Shukr, num atentado bombista no Líbano.
Estas mortes fizeram com que tanto o Irão como a fação armada libanesa, bem como os rebeldes Huthis do Iémen, prometessem vingança e ameaçassem atacar o Estado judaico.
Além disso, o assassinato de Haniyeh, que era o principal negociador do Hamas, pôs em causa as negociações para uma trégua em Gaza, uma vez que os islamitas palestinianos manifestaram a sua recusa em retomar o diálogo e os mediadores - Egito e Qatar - denunciaram que estes tipos de ações impossibilitam a geração de confiança entre as partes.
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