"Estamos atentos aos riscos do nosso mandato dual", assegurou Jerome Powell, no discurso de abertura do simpósio anual em Jackson Hole, acrescentando que "o tempo chegou para a política [monetária] se ajustar".
Apesar deste sinal de que está a chegar a altura de um corte de juros, que os mercados esperam que aconteça na reunião de setembro, o presidente da Fed ressalva que "o momento e o ritmo dos cortes de taxas dependerão dos dados recebidos, da perspetiva em evolução e do equilíbrio de riscos".
Para Jerome Powell, a "tarefa não está completa, mas já se fizeram progressos" no caminho de reduzir a inflação.
O presidente da Fed destaca que a inflação está "muito mais perto" do objetivo de 2%, sinalizando que tem mais confiança de que a inflação "está num caminho sustentável".
Já no que diz respeito ao emprego, Jerome Powell assume que "o mercado de trabalho arrefeceu e a taxa de desemprego começou a subir e está nos 4,3%, ainda baixa para os padrões históricos, mas quase um ponto percentual acima do nível de 2023".
O nível atual das taxas diretoras "dá amplo espaço para responder a quaisquer riscos que possamos enfrentar, incluindo o risco de enfraquecimento adicional indesejado nas condições do mercado de trabalho", sinaliza o responsável.
Ao contrário do Banco Central Europeu (BCE), a Reserva Federal dos EUA ainda não avançou com um corte de juros desde o início do ciclo de subidas para lutar contra a inflação elevada.
A próxima reunião da Fed vai realizar-se nos dias 17 e 18 de setembro.
[Notícia atualizada às 16h00]
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