"O ritmo de flexibilização de políticas não pode ser mecânico, tem de se basear em dados e análises", reiterou, numa conferência na Estónia.
Apesar deste alerta para agir com cautela, a responsável admitiu que os dados recentes sobre a inflação na zona euro "na globalidade confirmaram as perspetivas" de um regresso "ao objetivo de 2% até ao final de 2025".
Um dos principais desafios no processo da desinflação são as pressões sobre os preços no setor dos serviços, mas Isabel Schnabel sublinhou que a estabilidade de preços a médio prazo "não exige que a inflação dos serviços desacelere para 2%", ainda que deva regressar a um nível "consistente com a inflação subjacente de 2% no médio prazo".
A estimativa rápida do Eurostat divulgada hoje mostrou que a taxa de inflação anual na zona euro desacelerou para 2,2% em agosto, face à taxa de 2,6% registada em julho.
O Banco Central Europeu decidiu manter as taxas na reunião de julho, depois de ter avançado para um primeiro corte na reunião de junho, existindo agora expectativas dos mercados relativamente a um corte na reunião de setembro.
No entanto, é de salientar que, esta quinta-feira, o presidente do banco central alemão também alertou para que "é necessário ter cautela" e não "cortar as taxas de juro demasiado rápido".
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