De acordo com um anúncio publicado hoje em DR, em causa está um concurso público para o fornecimento e manutenção de material circulante para a rede do Metro do Porto, com um valor base de 72,6 milhões de euros, dos quais 66 milhões para 22 veículos e 6,6 milhões para mais 10 veículos de opção.
De acordo com o caderno de encargos, está previsto o fornecimento e a manutenção de 18 dos 22 veículos com CBTC ('Communication Based Train Control', ou Controlo de Comboio com Base em Comunicações, em português), o que possibilitará, eventualmente, a condução dos veículos de forma automática.
A Linha Rubi (Casa da Música - Santo Ovídio) está a ser construída com CBTC, sistema que pode vir a permitir a condução sem recurso a maquinista naquele troço.
Os restantes quatro veículos do concurso público terão de ter instalado ATP ('Automatic Train Protection', Proteção Automática de Comboio, em português).
Porém, a transportadora poderá também optar pela instalação de ATP em 10 veículos e CBTC noutros 10, e "neste caso, dois veículos dos 22 fornecidos acumularão ATP e CBTC instalados pelo adjudicatário e fornecidos pela empresa", segundo o caderno de encargos.
Neste concurso público, o fator com a ponderação mais elevada como critério de adjudicação é o design, com 45%, seguindo-se a valia técnica com 30% e o preço no final, com 25%.
Os concorrentes têm até 13 de novembro para apresentar propostas, e, após adjudicação e notificação do visto do Tribunal de Contas, o adjudicatário tem um ano e meio para fornecer o primeiro veículo do total da encomenda, seguindo-se um ritmo de três veículos por mês.
O programa de fundos europeus Sustentável 2030 prevê 34 milhões de euros para a Metro do Porto adquirir até 32 novos veículos, devendo o aviso para a candidatura ser lançado até final do ano, consultou a Lusa.
Em outubro do ano passado, o anterior Governo autorizou a Metro do Porto a gastar até 82,9 milhões de euros para adquirir 22 novas composições, mais 10 de opção, valor que inclui 8,6 milhões para manutenção.
"A aquisição das 22 composições (...) implica a execução financeira em mais de um ano económico, entre 2024 e 2026, inclusive, num montante máximo de 74.242.000,00 euros, valor a que acresce o imposto sobre valor acrescentado à taxa legal em vigor", pode ler-se no texto publicado à data.
Segundo a resolução do Conselho de Ministros, a aquisição de novas composições visa "garantir a frota necessária à operação" da futura Linha Rubi (Casa da Música - Santo Ovídio), bem como "reforçar a oferta na restante rede de transportes".
Os 18 veículos entretanto comprados à chinesa CRRC Tangshan já estão em operação. A Metro do Porto conta ainda com 72 veículos Eurotram e 30 Flexity Swift.
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