A Alemanha está a fazer de tudo para contratar jovens espanhóis e oferece condições de trabalho aliciantes: não é preciso ter experiência prévia, nem saber alemão, e o salário inicial é de 2.500 euros (mais do dobro dos 1.134 euros de salário mínimo que se recebe em Espanha).
Segundo um exemplo do jornal espanhol El Mundo, uma das ofertas é na área da enfermagem, onde é dada formação gratuita. O objetivo é que num ano o trabalhador esteja a trabalhar como auxiliar de enfermagem e em três anos como enfermeiro, com direito a subsídios de deslocação e apoio do empregador para alojamento.
Esta é uma das ofertas do Serviço Público de Emprego do Estado (Sepe), na sua página da rede Eures, onde se procura também espanhóis para trabalhar na Alemanha como motoristas de autocarro, operários de produção, eletromecânicos, mecânicos hidráulicos, operadores de máquinas de construção, montadores mecânicos, eletricistas, mecânicos para a indústria aeronáutica, operadores de fresadoras, ferreiros, soldadores ou cozinheiros de aeroporto.
O El Mundo sublinha que muitos jovens espanhóis acabam por deixar o país em busca de novas oportunidades de trabalho, sobretudo os que vivem em zonas rurais, para quem não há diferença entre ir para uma grande cidade espanhola ou para outro país.
A Alemanha e Itália são os principais destinos dos jovens que pretendem deixar Espanha, mas o interesse nestes países tem vindo a diminuir. França, por outro lado, começa a ganhar terreno. Segundo dados do jornal espanhol, dos jovens que partiram durante o primeiro semestre de 2024, 11,4% foram para França, cujo interesse aumentou 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
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