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Dívidas incobráveis das empresas portuguesas diminuem nos últimos anos

Quarenta e dois por cento das empresas portuguesas reportaram este ano uma redução das suas dívidas incobráveis, abaixo da média europeia de 44%, segundo dados do European Payment Report (EPR) 2024 Portugal, desenvolvido pela Intrum.

Dívidas incobráveis das empresas portuguesas diminuem nos últimos anos
Notícias ao Minuto

14:22 - 04/09/24 por Lusa

Economia Empresas

Ainda assim, o estudo realça que, em 2020, apenas 22% das empresas que responderam ao EPR referiram que o valor dos seus incobráveis tinha diminuído, tendo esta percentagem aumentado agora para 42% em 2024.

 

"A maioria das empresas portuguesas que participaram no estudo não parece ter tido uma experiência muito negativa em matéria de incobráveis", refere a Intrum, notando que "apenas 15% reconhecem que as perdas por incobráveis foram um obstáculo ao investimento nas suas iniciativas estratégicas para o crescimento, comparando com 12% na Europa".

Em média, as empresas portuguesas reconheceram como incobráveis o valor equivalente a 1,21% das suas receitas totais no exercício financeiro mais recente, o que compara com uma média europeia de 0,9%.

Para prevenir os atrasos e/ou a falta de pagamento, o EPR revela que, este ano, 45% das empresas admite que poderá avançar com a modalidade de pré-pagamento, enquanto 30% aponta os seguros de crédito como uma boa opção.

O controlo de crédito e as garantias bancárias poderão ser solução para 28% das empresas, enquanto 26% realça que poderá apostar em medidas de prevenção de fraude.

Do EPR 2024 Portugal resulta ainda que, para manter a fidelidade dos clientes, quase metade das empresas inquiridas (49%) pretendem iniciar ou ampliar a oferta de soluções "compre agora, pague depois", permitindo que os clientes paguem pelas compras em prestações ao longo do tempo.

Quando questionadas sobre quais são as medidas adotadas em caso de atraso ou não pagamento por parte dos clientes, mais de metade (54%) refere que avança para os tribunais civis, enquanto 26% admite usar processos internos de cobrança e 21% recorre a agências externas de cobranças.

Já o 'factoring' (venda de dívidas a agências de cobrança ou a terceiros) é uma opção para 15% das empresas que responderam ao estudo.

Citado num comunicado, o diretor-geral da Intrum Portugal considera "encorajador verificar que as empresas portuguesas estão cada vez menos preocupadas com o facto de as dívidas incobráveis afetarem o seu fluxo de caixa e liquidez", especialmente num contexto em que "as empresas europeias estão atualmente à espera de pelo menos 10,5 biliões de euros em contas em incumprimento".

Contudo, Luís Salvaterra alerta que, "com o aumento das insolvências e a continuação da crise do custo de vida para milhões de consumidores, as empresas não podem ser complacentes com os atrasos nos pagamentos e incumprimentos".

O EPR 2024 recolhe informações sobre os comportamentos de pagamento das empresas europeias e examina tendências relacionadas com atrasos de pagamento, práticas de pagamento de faturas e risco financeiro global.

O relatório é baseado numa pesquisa externa realizada pela FT Longitude em 25 países da Europa, tendo participado na pesquisa um total de 9.255 pequenas, médias e grandes empresas de 15 setores da indústria. Em Portugal participaram 240 executivos.

As empresas foram selecionadas aleatoriamente a partir de um banco de dados e o trabalho de campo para o estudo foi realizado entre 05 de dezembro de 2023 e 12 de março de 2024.

Leia Também: Supremo nega pedido de Biden para autorizar alívio de dívidas estudantis

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