Segundo o INE, em julho, as transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda -- em que não há transferência de propriedade e que incluem operações de transformação, construção, montagem, melhoria, renovação, modificação e/ou conversão com o objetivo de produzir um item novo ou melhorado - representaram 13,9% do total das exportações e 3,8% das importações.
Excluídas as transações com esta natureza, as exportações registaram um aumento de 8,6% e as importações cresceram 12,1%.
Em julho face ao mês homólogo, o INE destaca as exportações e importações de fornecimentos industriais (+59,5% e +19,7%, respetivamente) e de combustíveis e lubrificantes (+58,2% e +43,1%, respetivamente).
A categoria de fornecimentos industriais foi aquela em que as transações com vista ou na sequência de trabalho por encomenda tiveram maior expressão (32,3% nas exportações e 9,9% nas importações). Excluindo as transações desta natureza, as variações nesta categoria foram de +10,2% nas exportações e de +9,2% nas importações.
Já sem contabilizar combustíveis e lubrificantes, registaram-se em julho acréscimos de 21,6% nas exportações e de 12,5% nas importações (-4,9% e -4,2%, respetivamente, em junho de 2024).
No mês em análise, o índice de valor unitário (preços) das exportações registou a primeira variação positiva desde maio de 2023, +0,5%, enquanto nas importações se continuou a registar uma variação negativa, -2,1% (-0,3% e -2,8%, respetivamente, em junho de 2024; -4,6% e -9,1% em julho de 2023).
Excluindo os produtos petrolíferos, registou-se uma variação nula nas exportações e um decréscimo de 3,6% nas importações (-1,1% e -3,6%, respetivamente, em junho de 2024; -0,4% e -3,5% em julho de 2023).
Em julho, o défice da balança comercial atingiu 2.085 milhões de euros, diminuindo 168 milhões de euros face a julho de 2023 e aumentando 156 milhões relativamente ao mês anterior.
Quando excluídas as transações com vista a ou na sequência de trabalho por encomenda, o défice da balança comercial aumentou 501 milhões de euros face a julho de 2023 e 754 milhões de euros quando comparado com o mês anterior, totalizando 2.806 milhões de euros.
De acordo com o INE, os combustíveis e lubrificantes representaram 32,2% do défice da balança comercial em julho (18,2% em junho; 22,4% em julho de 2023).
Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice da balança comercial totalizou 1.414 milhões de euros, o que corresponde a desagravamentos de 334 milhões de euros face a julho de 2023 e de 164 milhões de euros em relação ao mês anterior.
Em julho, tendo em conta os principais países parceiros em 2023, salientam-se, nas exportações, o acréscimo das transações de bens com a Alemanha (+120,6%) e Estados Unidos (+50,6%), sobretudo de medicamentos em ambos os casos, e com Espanha (+11,1%), principalmente produtos agrícolas e combustíveis minerais.
Já nas importações, salientam-se os acréscimos das transações de bens com o Brasil (+100,3%), maioritariamente material de transporte e combustíveis e lubrificantes, e Espanha (+5,1%), principalmente fornecimentos industriais.
Relativamente ao mês anterior, as exportações e as importações aumentaram, respetivamente, 19,7% e 17,1% em julho de 2024 (-3,6% e -6,3%, pela mesma ordem, em junho de 2024)
Considerando o trimestre terminado em julho, as exportações e as importações aumentaram, respetivamente, 5,8% e 1,8%, em termos homólogos (+2,7% e +1,1%, pela mesma ordem, no segundo trimestre de 2024).
[Notícia atualizada às 11h54]
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