Nestes dois leilões, o montante colocado corresponde ao limite mínimo do montante indicativo e a taxa de juro média desceu a seis e a 12 meses face aos anteriores leilões comparáveis, realizados em 15 de maio.
Segundo a página do IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública na agência Bloomberg, no prazo de seis meses, foram colocados 250 milhões de euros à taxa de juro média de 3,161%, inferior à taxa verificada no último leilão comparável, em 15 de maio (3,631%) e a procura atingiu 1.180 milhões de euros, 4,7 vezes o montante colocado.
A 12 meses, Portugal colocou hoje 500 milhões de euros à taxa média de 2,794%, também mais baixa que a registada no anterior leilão de BT com esta maturidade realizado também em 15 de maio (3,451%). A procura totalizou 1.645 milhões de euros, 3,29 vezes o montante colocado.
Para hoje, o IGCP tinha anunciado a realização de dois leilões de Bilhetes do Tesouro (BT) com vencimento em 21 de março de 2025 (seis meses) e em 19 de setembro de 2025 (12 meses) e com um montante indicativo entre 750 e 1.000 milhões de euros.
Comentando o leilão de hoje, Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, afirma que a descida das taxas de juro "acaba por refletir o movimento [...] no mercado e está em sintonia com as perspetivas dos bancos centrais", sublinhando que o Banco Central Europeu (BCE) voltou a descer as taxas de juro em setembro e a Reserva Federal dos EUA também deverá iniciar hoje o ciclo de descidas, num movimento que se tem vindo a verificar pela parte de vátios bancos centrais.
"As revisões em baixa das futuras taxas de crescimento apontam para um abrandamento económico", diz Filipe Silva, que acrescenta que "a inflação tem vindo a descer como se previa e por força das políticas monetárias que estavam em vigor".
Filipe Silva considera que "as economias estão a ter o comportamento esperado, motivo pelo qual o discurso dos bancos centrais continue no modo de ver os dados futuros para depois darem as indicações sobre se e quando teremos novas descidas de taxas".
Nos anteriores leilões comparáveis destas maturidades, em 15 de maio, Portugal colocou 1.250 milhões de euros, montante mínimo indicativo, em Bilhetes do Tesouro a seis e a 12 meses a taxas de juros médias de 3,631% e 3,451%, respetivamente.
Nestes dois leilões, o montante colocado correspondeu ao limite mínimo do montante indicativo e a taxa de juro média desceu a seis meses e subiu a 12 meses face aos anteriores leilões comparáveis, realizados em 20 de março.
No prazo de seis meses, foram então colocados 500 milhões de euros à taxa de juro média de 3,631%, inferior à taxa verificada no último leilão comparável, em 20 de março (3,736%) e a procura atingiu 1.302 milhões de euros, 2,6 vezes o montante colocado.
A 12 meses, Portugal colocou 750 milhões de euros à taxa média de 3,451%, superior à registada no anterior leilão de BT com esta maturidade realizado também em 20 de março (3,443%). A procura totalizou 1.868 milhões de euros, 2,49 vezes o montante colocado.
[Notícia atualizada às 11h42]
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