Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,25%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,31% e o alargado S&P500 baixou 0,29%.
Com a baixa de hoje, a taxa de juro da Fed passa para o intervalo entre 4,75% e cinco por cento.
A dimensão do corte surpreendeu os economistas, que esperavam apenas uma baixa de um quarto de ponto.
Porém, na terça-feira, três senadores democratas - Elizabeth Warren, Sheldon Whitehouse e John Hickenlooper -- escreveram ao presidente da Fed, Jerome Powell, a defender um corte de 75 pontos-base [três quartos de ponto percentual].
Depois de conhecida a decisão da Fed, a praça bolsista evoluiu de forma muito instável, para acabar em terreno negativo.
Em termos teóricos, a decisão da Fed deveria satisfazer os investidores bolsistas, uma vez que taxas mais baixas favorecem as ações.
"Mas os investidores são como as crianças com os gelados: querem sempre mais", comentou Steve Sosnick, da Interactive Brokers.
Ora, durante a conferência de imprensa depois do fim da reunião do comité de política monetária da Fed, Powell "disse-lhes que não pensassem que isto se iria tornar um hábito", prosseguiu.
O presidente da Fed adotou um discurso muito contido, insistindo no facto de a instituição ir "avançar com prudência" e que não se coibia de fazer uma pausa no seu ciclo de alívio monetário se as condições o justificarem.
"Tudo vai depender da maneira como a economia evoluir", disse Powell.
Os operadores reequilibraram as suas expectativas e passaram a antever baixas complementares de meio ponto percentual no total, nas duas últimas reuniões da Fed este ano, quando na véspera ainda esperavam um ponto.
Mas, além da Fed, Steve Sosnick declarou que não estava surpreendido com "a pequena vaga de vendas" no mercado acionista, lembrando que o S&P500 vinha de sete sessões consecutivas de ganhos.
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