Habitação? Privação severa de condições passou de 4,7% para 6% em 8 anos

A privação severa das condições de habitação aumentou de 4,7% para 6,0% entre 2015 e 2023, sendo um dos indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com evolução contrária ao desejável, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Lusa
25/09/2024 14:07 ‧ 25/09/2024 por Lusa

Economia

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No mesmo sentido evoluiu a taxa de mortalidade atribuída a fontes de água insalubre ou a condições de saneamento e higiene deficientes, por 100.000 habitantes, ao passar de 2,2 para 4,5, entre 2015 e 2022.

 

O INE assinalou também a vermelho o número de crimes de tráfico de pessoas registado pelas autoridades policiais, entre 2015 e 2023, um aumento de 53 para 92, com uma acentuada redução em 2020 (para 41) durante a pandemia de covid-19.

A proporção de presos preventivos na população prisional subiu de 16,2% para 21,8%, a mais elevada desde 2015.

A pandemia influenciou também o indicador associado ao número de mortes e pessoas desaparecidas em contexto de catástrofe, no período 2015 -- 2021, que registou um aumento de 0,57, por 100.000 habitantes, para 116,82 (66,1 em 2020).

O INE disponibilizou estes dados por ocasião do Dia Nacional da Sustentabilidade, que hoje se assinala.

Para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), avaliou o desempenho de 179 indicadores, mais nove do que na edição anterior.

Em 11 ODS, a maioria dos indicadores evoluiu favoravelmente, destacando-se a redução das desigualdades, as águas potáveis e saneamento, as energias renováveis e acessíveis, pela maior percentagem de indicadores com desempenho favorável (superior ou igual a 80%).

"Cinco ODS têm menos de metade dos indicadores com evolução positiva: erradicar a fome, igualdade de género, produção e consumo sustentáveis, proteger a vida marinha, proteger a vida terrestre e paz, justiça e instituições eficazes", precisou o INE.

A maioria dos indicadores (99) registou uma evolução favorável, dos quais 23 atingiram a meta. O INE aferiu 33 indicadores com "evolução desfavorável".

Leia Também: Casa Para Viver volta à rua porque crise na habitação está "a agravar-se"

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