Em declarações à Lusa, o dirigente do STRUP Manuel Leal explicou que o plenário de trabalhadores será realizado "fora da hora de ponta", mas deverá "causar constrangimentos [no serviço] uma vez que os trabalhadores fazem a recolha dos autocarros" para participar no plenário.
A Carris é uma empresa que presta serviço de transporte público urbano de superfície de passageiros que opera em Lisboa, sendo gerida pela Câmara Municipal de Lisboa.
De acordo com o sindicalista, o plenário foi marcado para que os trabalhadores analisem em conjunto a proposta do conselho de administração da empresa relativamente ao pagamento das deslocações no tráfego.
Manuel Leal admitiu que, nos termos em que foi apresentada a proposta aos sindicatos, poderá ser possível a assinatura do documento, mas ressalvou que a decisão será dos trabalhadores.
O plenário, que inicialmente estava agendado para novembro, foi antecipado após terem sido alterados os pressupostos que estiveram em discussão do último plenário, realizado na greve de 24 horas de dia 18, perante a apresentação da proposta da empresa.
O plenário, que se realiza às 10h00 na estação (oficina de elétricos) de Santo Amaro, em Lisboa, foi convocado pelo STRUP/FECTRANS e ASPTC - Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris e Participadas.
A proposta de protocolo quanto às deslocações apresentada pelo conselho de administração é, segundo o sindicato, a seguinte: "sempre que o fim do serviço seja em local que diste mais de 250 metros, de onde foi iniciado, a partir de 01/10/2024, será paga uma compensação, correspondente ao tempo estimado para a deslocação entre os dois locais, calculada com base no valor hora do trabalhador; nos dias feriados esta compensação é paga com o acréscimo de 225% e nas tolerâncias de ponto com o acréscimo de 150%".
De acordo com o sindicato, no plenário serão também discutidas as propostas "a apresentar para o processo de revisão [salarial] de 2025, que serão divulgadas nesse dia".
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