Fórum para Competitividade vê PIB crescer entre 1,5% e 1,9% no 3.º trimestre

O Fórum para a Competitividade estima que a economia portuguesa tenha crescido entre 1,5% e 1,9% no terceiro trimestre do ano, face ao período homólogo, de acordo com a nota divulgada hoje.

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Lusa
03/10/2024 15:35 ‧ 03/10/2024 por Lusa

Economia

Fórum para Competitividade

Segundo a nota de conjuntura de setembro, a previsão é de que o "PIB terá subido entre 0,2% e 0,6% em cadeia no 3.º trimestre, a que corresponderá um aumento homólogo entre 1,5% e 1,9%".

 

Tendo em conta estes números trimestrais, o Fórum para a Competitividade estima que o PIB de 2024 suba entre 1,5% e 1,9%, o que representa uma revisão em baixa das previsões anteriores, que eram de um crescimento entre 1,5% e 2%.

O Fórum considera que "nos próximos meses, a economia portuguesa pode beneficiar de algum alívio do IRS e do suplemento sobre as pensões a pagar em outubro, mas, sobretudo pela descida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE)".

"No entanto, a conjuntura internacional dificilmente pode ajudar, enquanto a incerteza associada à aprovação do orçamento para 2025 e as suas implicações políticas poderão pesar sobre a economia, em particular sobre o investimento", ressalva.

Já as exportações "poderão beneficiar da melhoria do enquadramento internacional, sobretudo em 2025, sendo mesmo possível que se repita a encomenda excepcional que terá dado um forte contributo ao crescimento no 3.º trimestre".

Para o próximo ano, o PIB poderá subir acima de 2%, "se o cenário central de recuperação internacional se confirmar e se, a nível nacional, houver estabilidade política".

Nesta nota, refere-se ainda a situação orçamental, com o Fórum a defender que "será muito bizarro não se conseguir aprovar o OE2025, porque não estamos em presença de dificuldades orçamentais significativas".

"De acordo, com o Conselho de Finanças Públicas, em políticas invariantes, será de esperar excedentes orçamentais em todos os anos até 2028 e uma redução sucessiva da dívida pública, que deveria baixar para 78% do PIB nesse ano", sinaliza, apontando que é o contrário do que se verifica em França, onde há uma "fragmentação parlamentar parecida com a portuguesa", mas "dificuldades orçamentais muitíssimo complexas", tornando mais compreensível a dificuldade em chegar a acordo.

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