De acordo com o documento, na data de hoje, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) "registou a oferta e publicou o prospeto" da operação que tem como visada a Greenvolt e a oferente a GVK Omega, filiada do fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR).
Nesta oferta para adquirir a posição que ainda não controla da Greenvolt, o KKR, através da sociedade GVK Omega, propõe-se a pagar 8,3107 euros por cada ação, "o que equivale ao montante global da oferta de 452.683.371,9 euros", de acordo com o prospeto.
"A contrapartida será paga em dinheiro, deduzida de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada ação-alvo a título de dividendos, de adiantamento sobre os lucros do exercício ou de distribuição de reservas. Essa dedução será efetuada a partir do momento em que o direito ao montante em causa seja destacado das ações-alvo e desde que esse momento ocorra antes da liquidação da oferta", refere o documento.
De acordo com o prospeto, "a oferta produzirá efeitos entre as 8h30 (hora de Lisboa) de 07 de outubro de 2024 e as 15h30 (inclusive) (hora de Lisboa) de 24 de outubro de 2024, sem prejuízo de eventual prorrogação se a oferta for modificada ou revista, se for lançada uma oferta concorrente ou se a proteção dos interesses dos destinatários o justificar".
Segundo os objetivos, a GVK Omega "pretende contribuir para o desenvolvimento a longo prazo e crescimento sustentável" da Greenvolt.
Nesse sentido, "perspetiva-se que a sociedade visada e o grupo da sociedade visada continuem a exercer as suas atividades de acordo com a orientação estratégica definida pelo Conselho de Administração" da Greenvolt" em 2022.
O fundo "acredita que a venda cruzada de produtos entre o grupo KKR e a sociedade visada (começando pela geração distribuída), a disponibilização de fundos pela oferente e o acesso da sociedade visada e do grupo da sociedade visada à experiência de partes relacionadas na obtenção e negociação de soluções de financiamento com bancos permitirá acelerar o crescimento" da Greenvolt, "não sendo de excluir que tal aceleração do crescimento (a ter lugar) possa levar, no futuro, a uma revisão do plano estratégico anunciado em 2022 pela administração".
Os norte-americanos dizem ainda que, se passarem a deter mais de 90% do capital da Greenvolt através desta OPA obrigatória, vão acionar o mecanismo da OPA potestativa com vista a retirar a empresa de bolsa.
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