"Há uma garantia que posso dar: em janeiro serão lançados os primeiros passos, para os concursos, para a aquisição do material de alta velocidade pela CP", disse o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que está a ser ouvido na Assembleia da República, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
Pinto Luz adiantou que a CP já fez chegar ao Governo o plano de negócios, que inclui os planos para a alta velocidade, que o ministro está a analisar e disponível para o apresentar "em tempo certo".
Mas assegurou, como também já afirmado publicamente pela CP, que a transportadora ferroviária "não procura ser monopolista" em termos de quota de mercado da alta velocidade.
O governante respondia a perguntas do deputado do PS José Carlos Barbosa, que questionou também sobre se a compensação de 18,9 milhões de euros anuais prevista para a CP, pela perda de receitas com o passe ferroviário verde, é suficiente.
"Pela procura que está a acontecer pelo passe ferroviário verde, vão ser precisos menos do que aqueles 18,9 milhões de euros", avançou o ministro, realçando que foram vendidos mais de 22.000 passes desde a entrada em vigor, em 21 de outubro.
Miguel Pinto Luz sublinhou que o estudo para a compensação foi feito pela CP e garantiu que a empresa não será penalizada pela entrada em vigor do passe verde no valor de 20 euros mensais.
Em resposta ao deputado Paulo Núncio, do CDS-PP, o ministro disse que o anterior passe ferroviário nacional vendia uma média mensal de 2.600 títulos.
"A elasticidade do preço funcionou, baixando o preço para um valor justo podemos massificar e trazer mais pessoas para a ferrovia", realçou o governante, destacando que 50% dos novos passes vendidos até ao momento correspondem a novos utilizadores.
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