Bitcoin atingir máximo "é sempre positivo" para o Bison Bank

O presidente executivo (CEO) do Bison Bank considera, em entrevista à Lusa, que a valorização da bitcoin, que voltou a registar máximos na quarta-feira, "é sempre positivo" para o banco e relevante para o ecossistema.

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Lusa
14/11/2024 08:13 ‧ 14/11/2024 por Lusa

Economia

Web Summit

António Henriques participa hoje à tarde no painel 'The fringe economy', na Web Summit.

 

Na quarta-feira, a bitcoin ultrapassou pela primeira vez os 90.000 dólares, sendo que desde que Donald Trump ganhou as eleições presidenciais norte-americanas, a criptomoeda tem vindo a registar recordes.

Questionado se esta valorização é boa para o Bison Bank, António Henriques é perentório: "É muito importante mostrar que o ativo continua a ter o percurso que todos querem que tenha e isso é sempre positivo".

Agora, "naturalmente que também não se consegue desconectar este valor atual da eleição nos Estados Unidos, mas ainda assim este mercado hoje já representa um valor muito interessante", acrescenta.

"Para o banco é altamente positivo, para o ecossistema é altamente positivo", diz, referindo que mesmo que daqui a um mês a bitcoin venha a cair 60%, o ecossistema "continua contente".

Porque a tecnologia que está por trás da bitcoin, dos criptoativos, "é, de facto, bastante robusta e ela só por si tem valor", argumenta, admitindo que a atual valorização tem "um pouco de especulação por trás", mas não é isso que move o banco ou o setor.

"Não olhamos para a bitcoin como um ativo, olhamos para aquilo que a bitcoin pode ser dentro de um ecossistema tecnológico", sublinha.

Questionado sobre qual a razão que leva a que a adoção da inteligência artificial (IA) seja mais acelerada que a das criptomoedas, António Henriques explica que o motivo está no facto de, em algum momento, todos já terem usado IA.

"Todos nós já usámos inteligência artificial. Se calhar, nem todos nós comprámos criptoativos" e com isto "quero dizer que a inteligência artificial aparece de uma forma que permite a qualquer cidadão, de uma forma super simples e gratuita, ter um 'use case' [caso de uso] que ele percebe", considera.

Agora o 'blockchain' não é assim, a tecnologia é altamente complexa, criptografada, que tem um conjunto de ativos que as pessoas até vendem, compram e ganham dinheiro" e até pode ser usado para lavagem de dinheiro, tem uma componente de soberania em cima, com países contra e outros a favor, o que "não é altamente interessante para o cidadão", explica António Henriques.

Por isso, "diria que essa é a razão principal pela qual nós temos a inteligência artificial a progredir muito e 'blockchain' ainda a fazer o seu caminho normal de transformação", remata.

Leia Também: Web Summit: Comissão da Transparência travou oferta de bilhetes a deputados

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