De acordo com uma resposta do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) a um requerimento da IL, consultada hoje pela agência Lusa, a dívida financeira aumentou em 2023 para 3,6 mil milhões de euros, comparativamente a 2022 (3,5 mil milhões) e 2021 (3,2 mil milhões).
Por sua vez, as dívidas a fornecedores do executivo dos Açores totalizaram mais de 67 milhões de euros em 2023, inferior ao valor registado no final de 2022 (68 milhões).
Em 2023, a Secretaria do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas foi o departamento governamental com a maior dívida a fornecedores (22 milhões), seguida da Secretaria Regional da Saúde e Solidariedade Social (12 milhões de euros) e da vice-presidência (mais de 10 milhões).
Já a dívida não financeira aumentou de cerca de 350 milhões de 2022 para 459 milhões de euros em 2023.
No ano passado, o Governo Regional concedeu ainda avales no valor de 386 milhões de euros (mais 60 milhões do que em 2022) e cartas de conforto de 40 milhões de euros (mais 17 milhões de euros do que no ano anterior).
Em 04 de outubro, o deputado único da IL/Açores solicitou ao Governo Regional dados sobre a dívida pública e pagamento a fornecedores, acusando o executivo de não cumprir com a legislação do Orçamento de 2023.
Nuno Barata, em requerimento enviado à Assembleia Legislativa Regional dos Açores, recorda que "por proposta da Iniciativa Liberal, no âmbito do Orçamento da região para o ano 2023, foi aprovada uma obrigação, a concretizar pelo Governo Regional, de apresentação anual de dados concretos sobre a evolução da dívida pública, direta e indireta".
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