"Ciberespaço tornou-se campo de batalha e empresas não estão preparadas"

A vice-presidente da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES), Estela Barbot, alertou hoje que "o ciberespaço tornou-se um campo de batalha" e que as empresas "muitas vezes não estão preparadas".

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Lusa
09/12/2024 13:20 ‧ 09/12/2024 por Lusa

Economia

SEDES

A responsável falava numa conferência sobre o novo regime jurídico da cibersegurança em Portugal, organizada pelo Diário de Notícias em parceria com a Ordem dos Economistas e com a SEDES, na fundação Oriente em Lisboa.

 

"A cibersegurança é [...] um pilar de preservação da nossa sociedade", afirmou Estela Barbot, considerando que "cabe ao Estado proteger os cidadãos, as instituições e as empresas".

"Este ano em fevereiro na Gare do Oriente, fizeram-se enormes [...] cerca de 300.000 pessoas que deixaram fotografar a sua íris a troco de criptomoedas no valor mais ou menos de 100 euros", disse Estela Barbot, acrescentando que é necessário "educar" para os riscos do ciberespaço.

A empresa Worldcoin começou há vários meses em diversos países, a fazer imagens digitais da íris de pessoas que voluntariamente se submeteram a esse registo em troca de uma compensação em criptomoedas (uma moeda virtual usada na internet).

O bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça, afirmou na mesma conferência que os "incidentes de cibersegurança podem acarretar perdas financeiras significativas". Num mundo "cada vez mais interconectado, a proteção dos nossos ativos económicos e financeiros digitais tornou-se tão importante quanto a proteção dos nossos ativos económicos e financeiros físicos", disse.

Na mesma intervenção, o bastonário da Ordem dos Economistas disse que a digitalização trouxe "consigo não só oportunidades sem precedentes mas também desafios complexos que exigem [...] atenção imediata.

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