Em declarações à Lusa, Vivalda Silva, do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (Stad) disse que poderia haver uma solução para as reivindicações relacionadas com "a questão dos horários de trabalho", depois de a Eulen apresentar duas propostas, numa reunião que ocorreu hoje, que serão então avaliadas pelos funcionários.
"Sobre as outras matérias, como o subsídio de transporte e os prémios, não houve acordo", indicou, destacando que a empresa diz que os "trabalhadores não conseguem fazer prova" de que esses valores eram referentes ao subsídio e prémios, visto que não faziam descontos, encarando-os como pagamento por trabalho suplementar.
A dirigente sindical reconhece que nesta questão pode ser difícil fazer a prova, mas vai avançar com a análise das propostas em relação aos horários de trabalho.
A greve que os trabalhadores tinham marcado para o dia 12 de dezembro foi desconvocada.
Em comunicado, no dia 11 de dezembro, o Stad referiu que a suspensão da greve de 24 horas foi decidida depois de ter sido contactado pela Eulen com o objetivo de iniciar negociações em resposta às revindicações dos trabalhadores.
Na origem desta greve estão revindicações relacionadas com a reposição de "direitos perdidos aquando da mudança da empresa responsável pelo serviço que estes trabalhadores prestam, designadamente, restabelecimento dos horários de trabalho em vigor até junho do corrente ano, pagamento do subsídio de transporte anteriormente recebido e a devolução dos prémios injustamente revogados e respeito pelos trabalhadores".
Vivalda Silva já tinha adiantado à Lusa que em causa estão 35 trabalhadores que se sentem prejudicados pela mudança de condições que se efetuaram, a partir de julho, quando a espanhola Eulen substituiu a empresa SAMSIC na prestação de serviços de serviços gerais no aeroporto de Lisboa.
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