O comité de política monetária decidiu, por seis votos contra três, manter as taxas diretoras, depois de o índice de preços no consumidor (IPC) do Reino Unido ter subido inesperadamente para 2,6% em novembro, em termos homólogos, contra 2,3% em outubro, acima do objetivo oficial de 2%.
Três dos membros do comité pretendiam baixar as taxas em um quarto de ponto, para 4,5%, informou o banco num comunicado.
Na nota, o banco afirmou que, dada a tendência de subida da inflação, "uma abordagem gradual" ao preço do dinheiro "continua a ser apropriada".
"A política monetária terá de permanecer restritiva durante um período de tempo suficiente, até que os riscos se tenham dissipado, para que a inflação regresse ao objetivo de 2% de forma sustentável a médio prazo", explicou.
Em 07 de novembro, o banco central reduziu pela segunda vez as taxas de juro em 2024, de 5 para 4,75%, tendo em conta a tendência descendente da inflação nessa altura.
O IPC caiu para 1,7% em setembro em termos homólogos e ficou abaixo de 2% que o Banco de Inglaterra considera ideais para a economia pela primeira vez desde o início de 2021.
A inflação no Reino Unido atingiu um máximo histórico de 11,10% em outubro de 2022, com o aumento dos preços da energia devido à guerra na Ucrânia.
O banco reduziu as taxas pela primeira vez este ano, para 5%, em agosto passado, contra 5,25% em agosto de 2023.
Anteriormente, tinham vindo a aumentar gradualmente a partir de um mínimo de 0,1% em março de 2020, no início da pandemia do coronavírus.
A ministra das Finanças, Rachel Reeves, sublinhou hoje a importância de estabilizar a inflação, reconhecendo que "as famílias ainda enfrentam custos elevados".
O Banco de Inglaterra prevê que o IPC possa atingir 2,75% no segundo semestre de 2025, antes de voltar a cair, embora a sua trajetória até lá possa ser oscilante.
A próxima reunião de política monetária do Banco de Inglaterra realiza-se em 06 de fevereiro de 2025.
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