Em comunicado hoje divulgado, a Fectrans - Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicaçõe disse que, na passada sexta-feira, a ANTRAM - Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias respondeu à sua proposta de revisão do Contrato Coletivo de Trabalho e que, em conclusão, considerou "não estarem reunidas condições económicas e financeiras para proceder a qualquer revisão das prestações pecuniárias".
Segundo a Fectrans, a associação patronal disse ainda que a revisão salarial obrigatória do salário mínimo irá comportar um esforço difícil para as empresas do setor.
"A associação patronal quer ignorar que aumentam as dificuldades para os trabalhadores, quer na aquisição dos bens de primeira necessidade, quer nos custos de habitação e que aumentam também os inerentes ao desempenho da actividade profissional, tais os preços de restauração e outros", afirmou a Fectrans em comunicado.
Em causa está o valor dos salários, mas também das ajudas de custo, de subsídios de refeição e alojamento.
À Lusa, a dirigente da Fectrans Anabela Carvalheira disse que, após esta resposta da ANTRAM, irão auscultar os trabalhadores.
"Iremos ouvir os trabalhadores e perceber o que pretendem fazer perante esta situção", afirmou.
O setor do transporte rodoviário de mercadorias tem 62 mil trabalhadores em Portugal, segundo a mesma dirigente sindical.
Ainda sobre a sua proposta de revisão do contrato coletivo de trabalho, a Fectrans disse que ainda não obteve resposta da ANTP - Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas.
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