"A decisão do BCR de manter as taxas de juro no nível atual agrava os desequilíbrios da economia devido aos efeitos inflacionistas da depreciação (do rublo), da falta de mão-de-obra e da elevada despesa pública", observou o Ministério da Defesa, em comunicado.
Em causa está a decisão de 20 de dezembro de manutenção das taxas de juro, que "representa uma mudança de política" monetária, focada até agora na contenção da inflação. Em outubro, as taxas foram aumentadas de 19% para 21%, "a taxa mais elevada desde o início da guerra, em 2022".
Segundo o relatório, "as críticas sobre as elevadas taxas de juro estão a crescer entre os empregadores russos, mas também é muito provável que as pressões inflacionistas se intensifiquem, em parte devido à recente desvalorização do rublo".
No campo monetário, Londres lembra que em novembro o rublo atingiu o preço mais baixo face ao dólar americano desde a invasão da Ucrânia em 2022: 114 rublos por dólar.
O Reino Unido atribui esta depreciação às sanções impostas ao banco público Gazprombank e à publicação de estatísticas económicas que "revelaram um sobreaquecimento da economia russa".
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