O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, sublinhou que o vencimento que seria dado a Hélder Rosalino, enquanto secretário-geral do Governo, seria "manifestamente uma poupança" para "o dinheiro dos portugueses".
"Aquilo que estava em causa era manifestamente uma poupança para o erário público, para o dinheiro dos portugueses. Porque a verdade é que nós íamos alocar uma pessoa que tem, hoje em dia, um salário de um determinado montante. Manteria hoje esse salário e iria ocupar uma outra função", disse Pedro Duarte, durante uma entrevista, dada esta quarta-feira, à CNN Portugal.
Questionado se o valor que foi estipulado surgiu por iniciativa de Hélder Rosalino, o ministro dos Assuntos Parlamentares negou e afirmou que "foi o Governo que tomou essa iniciativa", reiterando que "é importante que se diga isso".
"Aquilo que ficou estabelecido na lei é que alguém que estava no exercício de uma função pública iria executar uma outra função pública e, por causa disso, estava no fundo a ser lançado um desafio para exercer uma outra função - não deveria ver reduzido o seu salário", declarou.
Em virtude da reunião de vencimentos do Banco de Portugal (BdP), com o objetivo de avaliar as remunerações dos administradores, o ministro dos Assuntos Parlamentares garantiu que "é importante que estes órgãos funcionem" e afirmou que "não devemos dramatizar de maneira nenhuma o facto de haver uma reunião".
Esta quarta-feira, foi anunciado que Hélder Rosalino, que mostrou a sua "indisponibilidade" para o cargo no Governo, foi nomeado pelo BdP para membro do Conselho de Administração da Valora, empresa impressora de notas detida pela instituição.
Câmara do Porto? "Muito cedo para dar uma resposta concreta"
Na mesma entrevista à CNN Portugal, Pedro Duarte não confirmou uma candidatura à Câmara do Porto e disse ser "muito cedo para dar uma resposta concreta", e revelou não estar "ainda a pensar nisso, precisamente porque acho que é muito cedo. Eu estou neste momento absolutamente focado numa missão (...) a governação do país".
Garantiu, no entanto, que "será uma candidatura do PSD, liderada pelo PSD, será uma candidatura muito forte, uma candidatura ganhadora".
Para além disso, referiu que, "enquanto ministro deste Governo, não tenho opiniões sobre as Presidenciais e, portanto, não vou, de maneira nenhuma, pronunciar-me nem o Governo se vai pronunciar".
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