A tecnológica, com sede na cidade taiwanesa de Hsinchu (norte), registou receitas de 87.867 milhões de dólares (85.352 milhões de euros) no ano passado, um aumento homólogo de 33,9%.
No quarto trimestre, os lucros subiram 57%, correspondendo um recorde trimestral de 2024.
Historicamente, os fabricantes de semicondutores registam números mais elevados de negócio na segunda metade do ano, o que coincide com o lançamento de novos produtos tecnológicos nos principais mercados ocidentais, mas a grande procura de 'chips' avançados para IA e computação de alto desempenho impulsionou a faturação e o lucro da TSMC mais do que o normal neste período.
Relativamente às perspetivas para este ano, a TSMC espera que as receitas no primeiro trimestre cresçam 34,5% face a 2024.
"Olhando para o primeiro trimestre de 2025, esperamos que os nossos negócios sejam impactados pela sazonalidade dos 'smartphones', parcialmente compensados pelo crescimento contínuo da procura relacionada com a inteligência artificial", afirmou Wendell Huang, vice-presidente sénior e diretor financeiro da TSMC, citado em comunicado.
Fabricante dos 'chips' utilizados nos produtos mais avançados da Apple, Nvidia ou AMD, a TSMC beneficiou muito nos últimos meses do surgimento de aplicações e dispositivos de inteligência artificial que utilizam semicondutores muito pequenos para funcionar.
A empresa está em processo de expansão internacional: a tecnológica prevê operar três fábricas no Arizona (EUA), com um investimento de 65 mil milhões de dólares, bem como outras duas em Kumamoto (Japão) e outra em Dresden (Alemanha).
Os diretores da tecnológica têm reiterado, em várias ocasiões, que manterão a maior parte da sua produção mais avançada em Taiwan, cuja economia depende em grande medida das exportações de produtos eletrónicos e semicondutores.
De acordo com a consultora TrendForce, a TSMC fechou o terceiro trimestre com uma quota do mercado global de fabrico de semicondutores de cerca de 65%, muito à frente das suas principais concorrentes, a sul-coreana Samsung e a chinesa SMIC, cujas quotas de mercado são de 9,3% e 6%, respetivamente.
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