Empresas portuguesas com menos orçamento para aumentos salariais em 2025

Um terço das empresas em Portugal afirmaram, de acordo com um estudo de uma consultora, que os orçamentos salariais em 2024 já foram inferiores aos do ano anterior, 2023.

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Notícias ao Minuto
23/01/2025 08:04 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto

Economia

Salários

A maioria das empresas portuguesas terá, em 2025, um orçamento para aumentos salariais mais reduzido do que no ano passado, segundo o estudo Salary Budget Planning Report, da consultora WTW. Estima-se que, este ano, os aumentos rondem, em média, os 3,6%, um valor abaixo do orçamento médio atribuído em 2024, que foi de 4%.

 

Um terço das empresas em Portugal (34%) relataram que, em 2024, os orçamentos destinados a aumentos salariais já foram inferiores ao ano anterior, 2023, e apontam como principais razões da instabilidade o pós-pandemia, as tensões geopolíticas e a guerra na Ucrânia.

Ainda assim, o estudo conclui que as despesas totais com a remuneração dos trabalhadores, que incluem "salários, bónus, remuneração variável e os custos com benefícios", aumentaram o ano passado e "continuam a ser razoáveis, segundo os padrões históricos".

Outra das principais dificuldades das empresas portuguesas é a atração e retenção de trabalhadores. Algumas referem já ter adotado medidas para "melhorar a cultura no local de trabalho" através de questões como a "diversidade, equidade e inclusão" e através de incentivos de "curto e longo prazo".

A liderar as preferências dos trabalhadores está o trabalho flexível, com 50% das empresas a oferecer as "opções de trabalhar na empresa, remotamente ou híbrido".

No entanto, apenas 6% oferecem as opções de flexibilidade de horário, redução de horas semanais ou part-time.

A associate diretor da consultora WTW em Portugal, Sandra Bento, afirmou, no comunicado que acompanha os dados deste relatório, que as "expectativas dos trabalhadores estão a mudar" e dá-se cada vez mais valor à "flexibilidade, personalização dos benefícios, à comunicação e transparência salarial".

"À medida que a legislação para a igualdade de género e para a transparência salarial evolui, maior pressão é colocada nas empresas. Estas têm de se concentrar em oferecer uma comunicação clara e coerente sobre as decisões salariais, continuando a desenvolver a experiência de cada colaborador e garantir que não surjam novos problemas de atração e retenção", acrescentou Sandra Bento na mesma nota.

Leia Também: Estado continua a pagar salários dos ex-trabalhadores da Central do Pego

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