Wall Street fecha em baixa sem efeitos da Fed e focada nas tecnológicas

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, pouco surpreendida pela decisão da Reserva Federal (Fed) de manter inalterada a taxa de juro de referência e com a atenção focada nos resultados das empresas tecnológicas.

Notícia

© iStock

Lusa
29/01/2025 23:35 ‧ ontem por Lusa

Economia

Bolsa de Nova Iorque

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,31%, o tecnológico Nasdaq caiu 0,51% e o alargado S&P500 baixou 0,47%.

 

A praça norte-americana seguiu de perto a reunião do comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês) da Fed, que no seu final anunciou que deixou a taxa de juro de referência sem alterações.

"A Fed fez claramente o que era esperado", resumiu Art Hogan, analista da B. Riley Wealth Management, em declarações à AFP.

"Não mexeram nas taxas, não mudaram grande coisa na retórica (...) e não alteraram as previsões de baixa das taxas", especificou.

Para a sua primeira decisão sob o novo mandato de Donald Trump, o banco central norte-americano decidiu por unanimidade manter a taxa de juro de referência no intervalo entre 4,25% e 4,50%.

"A taxa de desemprego estabilizou-se a um nível baixo nos últimos meses e o mercado de trabalho continua sólido", realçou a Fed, no seu comunicado.

Ao mesmo tempo, adiantou que a inflação "está algo elevada", acima do seu objetivo de dois por cento.

Os investidores também escrutinaram a conferência de imprensa do presidente da Fed, Jerome Powell, em particular a sua reação ao regresso de Trump à Casa Branca.

Mas, também aqui, não houve surpresas.

A Fed vai "esperar e estudar" os efeitos das políticas presidenciais, antes de determinar os momentos mais pertinentes para a taxa de juro, disse Powell.

"A Fed fez uma pausa, porque se está a dar tempo (...) para ver o impacto das medidas do novo governo, tanto sobre a inflação como sobre a economia", comentou Hogan.

Os investidores também consideraram as declarações do candidato designado por Trump para o Departamento do Comércio, Howard Lutnick, durante a sua audição de confirmação no Senado, hoje realizada, disse Adam Sarhan, analista da 50 Park Investments.

Lutnick defendeu as taxas alfandegárias generalizadas e estimou que os EUA deveriam privilegiar taxas não diferenciadas, mais do que seletivas, para que a primeira economia mundial fosse "mais bem tratada" pelos seus parceiros.

"Os investidores sabem que as taxas alfandegárias estão a chegar", mas ainda desconhecem "qual será o efeito", adiantou.

Em relação aos resultados, o foco está nas tecnológicas, em particular depois do abalo causado no início da semana pela chegada do modelo chinês de inteligência artificial (IA) DeepSeek. As suas capacidades inquietaram o setor, porque foram obtidas a baixo custo, o que causou uma acentuada desvalorização bolsista destes conglomerados norte-americanos, na segunda-feira.

Hoje, entre as cotadas, verificou-se a subida, em 0,72%, do conglomerado chinês de comércio eletrónico Alibaba, depois de ter anunciado o lançamento do seu modelo de IA avançado, capaz, segundo disse, de superar as capacidades dos modelos existentes.

Este anúncio ocorre poucos dias depois do lançamento do modelo da DeepSeek, que apanhou Silicon Valley de surpresa e questiona o domínio dos EUA nesta tecnologia em plena expansão.

Leia Também: OpenAI investiga modelo usado pela DeepSeek para treinar o seu novo chatbot

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas