Novo Banco? BPI diz que qualquer decisão caberá ao "acionista"

O presidente executivo do BPI afirma que qualquer movimento para comprar o Novo Banco será sempre decidido pelo acionista, o CaixaBank, que hoje disse que está focado no crescimento orgânico em Portugal.

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Lusa
30/01/2025 14:34 ‧ há 7 horas por Lusa

Economia

Novo Banco

"A acontecer alguma coisa em termos de algum movimento será sempre um movimento decidido pelo acionista. [...] Ao dia de hoje, não tenho nenhum mandato para tomar uma opção", disse João Pedro Oliveira e Costa, na conferência de imprensa de apresentação das contas de 2024, ano em que o banco obteve lucros recorde de 588 milhões de euros.

 

O gestor recordou que o CaixaBank tem feito aquisições - que "os movimentos de consolidação não são estranhos ao Caixabank" - e considerou que os tem feito "com muito sucesso", mas que para já não há nada sobre o Novo Banco.

Sobre a decisão de o principal acionista do Novo Banco, a Lone Star, dispersar parte do capital do Novo Banco em bolsa (através de um IPO - Initial Public Offering), disse que essa opção fez diminuir a atenção no tema, incluindo pelos outros concorrentes.

"Eu penso que até por causa disso [do IPO], o tema da venda ou não venda do Novo Banco diminuiu bastante no mercado, esboroou-se um bocadinho", afirmou.

Hoje, em conferência de imprensa, em Espanha, para apresentação de resultados do grupo CaixaBank (lucros de 5.787 milhões de euros), o presidente executivo do grupo disse que estão focados em crescer sem aquisições em Portugal.

"Não contemplamos qualquer operação de crescimento que não seja de crescimento puramente orgânico em Portugal. Queremos que o BPI continue a crescer de maneira orgânica e sem aquisições", afirmou Gortázar.

O Novo Banco, que ficou com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES) na sequência da resolução de 2014, tem no fundo Lone Star o seu acionista maioritário, com 75% do capital, estando os restantes 25% divididos entre Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

É conhecido que a Lone Star está a analisar uma possível dispersão em bolsa do capital do banco português. Para já, contratou o Deutsche Bank como consultor para assessorar negociações com potenciais compradores, segundo a Bloomberg.

O final antecipado do acordo de capitalização contingente (CCA) do Novo Banco, no final do ano passado, permite que a Lone Star equacione estes cenários, além de poder receber dividendos (é estimado que possa distribuir até 1.300 milhões de euros em dividendos).

O CCA foi negociado durante o processo da compra do Novo Banco pelo fundo Lone Star, em 2017, e foi ao abrigo deste que o Fundo de Resolução injetou mais de 3.000 milhões de euros no banco.

O BPI divulgou hoje que teve um lucro recorde de 588 milhões de euros em 2024 ("o maior de sempre", segundo o presidente executivo), mais 12% do que em 2023.

O banco é detido pelo grupo bancário espanhol CaixaBank, que hoje apresentou, em Espanha, lucros de 5.787 milhões de euros em 2024 (mais 20,2% do que no ano anterior).

Leia Também: BPI com 750 pedidos para crédito à habitação com garantia pública

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